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O Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas ganharam força a partir das 16h (horário de Brasília) após o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, anunciar que irá acelerar a redução do volume de compra de ativos, conhecido como tapering, em US$ 30 bilhões por mês.
Nos minutos após a decisão, a maior moeda digital do mundo chegou a superar rapidamente a marca de US$ 49 mil, após operar em torno de US$ 47.770 minutos antes do anúncio.
A reunião do Fed foi acompanhada de perto pelos investidores de cripto uma vez que o Bitcoin é visto como uma proteção contra a desvalorização potencial do dólar que pode resultar do estímulo monetário, que por sua vez é facilitado pela impressão de dinheiro do Fed. Portanto, uma retirada mais rápida do estímulo pode trazer mais força para a criptomoeda.
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A decisão de acelerar a redução de estímulos trouxe um impacto inicial mais forte, indicando que os investidores não estavam esperando tal movimento. Por outro lado, houve uma leve perda de força após a disparada inicial e às 17h o Bitcoin registrava alta de 4,21% no acumulado de 24 horas, a US$ 48.824.
O ganho de força se repetiu em outros dos maiores ativos digitais, caso do Ethereum (ETH), que avança 5,33%, a US$ 3.970, e da Binance Coin, com alta de 4,60%, para US$ 535,90.
Quem chama mais atenção é a Solana (SOL), com valorização de 14,44%, a US$ 175,93. O token, porém, vem de uma queda nos últimos dias após passar por instabilidades, e já estava com uma alta mais forte desde às 13h.
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Essa redução mais rápida nos estímulos deve ajudar o Fed a começar a subir os juros nos EUA pela primeira vez desde 2018. A mediana das projeções divulgadas nesta quarta indicam que as autoridades do BC americano preveem até três aumentos nas taxas em 2022, mais duas em 2023 e mais duas em 2024.
Sobre a decisão, Marcos Mollica, gestor do fundo Opportunity Total, avalia que o Fed foi mais “hawk” do que o esperado. “O comitê dobrou o passo do tapering, como antecipado pelo consenso, mas introduziu alguns elementos mais duros”, avalia ele citando que, com a nova projeção de três altas no próximo ano sem mudar significativamente a taxa terminal (de 1,75% para 2,25%), deve haver um impacto maior da decisão no mercado financeiro.
Uma das grandes preocupações no momento está na inflação, que tem permanecido mais alta e indo contra o discurso do próprio Fed de que seria algo transitório. E isso acaba tendo impacto também no Bitcoin.
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A maior criptomoeda do mundo é vista por muitos investidores como uma proteção contra a inflação, com base na ideia de que seu fornecimento é controlado por programação, diferente do que ocorre com decisões monetárias, em especial do Fed.
Mas o Bitcoin também é visto como um ativo de risco, então também há uma visão entre os membros da comunidade de que políticas monetárias frouxas incentivam os investidores a fazerem apostas especulativas maiores. Uma reversão dessas políticas “dovish” poderia ser um bom estímulo para o Bitcoin.
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