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Ao anunciar sua nova política de financiamento com o intuito de incentivar a tomada de recursos no mercado de capitais pelas grandes empresas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não fez nenhuma menção ao fundo de suporte à liquidez que havia anunciado em abril, quando lançou a proposta de atrelar o acesso a recursos remunerados pela TJLP à emissão de títulos de renda fixa. Mas o banco, quando perguntado, disse que a linha de suporte está em fase final e que deve ser anunciada nos próximos dias.
“A linha de suporte à liquidez está em fase final”, disse o diretor do BNDES, Julio Ramundo. De acordo com ele, o desenho inicial já foi levado à direção do BNDES. “Estamos na fase de detalhamento contratual e formatações de instrumentos e de normatização. Acreditamos que nos próximos dias passaremos a liberar essa linha também”, previu.
Em 9 de abril, o BNDES anunciou um fundo que poderia ser utilizado para o pagamento de juro dos papéis emitidos durante um prazo máximo de dois anos. Ramundo, na ocasião, explicou que essa linha de suporte seria mantida no BNDES e, no caso o emissor tivesse dificuldade de remunerar os papéis emitidos, o próprio banco faria os pagamentos ao investidor.
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Também na época, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que esse fundo teria características de uma linha standy by e que o banco de fomento se inspirou no mercado norte-americano, onde é chamado de monoline insurance. Coutinho havia dito ainda que esse fundo seria relevante para os projetos de greenfield (novos empreendimentos). O emissor seria responsável pela contratação dessa garantia junto ao BNDES.