BNDESPar levanta R$ 1,5 bi com venda de ações da JBS; veja mais 17 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos na manhã nesta terça-feira

Paula Barra

(Bloomberg)
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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece movimentado nesta segunda-feira (29). Nos destaques, a Vale (VALE3VALE5) comunicou aos seus acionistas a proposta de reduzir para US$ 500 milhões a 2ª parcela de remuneração aos acionistas.

Em relatórios, Itaú BBA e Santander ressaltaram que a notícia é positiva, já que destaca a disciplina de alocação de capital da administração e mostra compromisso da empresa com a desalavancagem. Segundo o Itaú, a aprovação pelo conselho de administração é altamente provável, sendo que os dividendos devem aumentar em 2017. 

O Bradesco BBI destacou que a mineradora já pagou US$ 1 bilhão em dividendos na 1ª parcela às duas classes de ações (ordinárias e preferenciais). “Como estimamos um dividendo mínimo de R$ 1,8 bilhão às ações PN, Vale teria de pagar um adicional de R$ 563 milhões às PN na 2ª parcela para cumprir a obrigação legal. Embora não precise distribuir mais dividendos às ações ON, se a Vale quiser pagar dividendo igual a ambas as classes, seria necessário distribuir mais US$ 400 mi na 2ª parcela”, comentaram os analistas. 

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A companhia informou ainda que irá divulgar seus resultados referentes ao 3º trimestre deste ano no dia 22 de outubro, às 6h00 (horário de Brasília). A mineradora também informou que o relatório de produção será divulgado no dia 19 de outubro, antes do pregão. 

JBS
Ganha destaque hoje também a notícia de que a BNDESPar, empresa de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), levantou cerca de R$ 1,5 bilhão com a venda de ações da
 JBS (JBSS3), da qual é um dos maiores acionistas, segundo apurou o Estado. As vendas foram realizadas de forma pulverizada em Bolsa, entre março desde ano e o dia 18 de setembro. Foram vendidas cerca de 100 milhões de ações ordinárias, a um preço médio de R$ 15,00.

Fontes ouvidas pelo jornal apontaram que o BNDES busca, com esse movimento, reforçar seu caixa, com o objetivo de encorpar a capacidade do banco para desembolsos diante da decisão do governo de extinguir os repasses extraordinários do Tesouro que reforçaram o caixa do banco de fomento em mais de R$ 480 bilhões desde 2008. Além da JBS, o banco vem se desfazendo também das ações das empresas de papel e celulose Suzano (SUZB5) e Fibria (FIBR3), que são exportadoras e também beneficiadas pela valorização do dólar. 

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Ainda no radar da empresa, a JBS informou ter concluído a aquisição de 100% de participação que a Marfrig (MRFG3) detinha na Moy Park, unidade europeia de frango e alimentos processados. A operação foi anunciada em junho por aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Segundo a JBS, a companhia obteve as aprovações regulatórias necessárias, incluindo da Comissão Europeia, para concluir a transação sem restrições.

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4informou que descobriu petróleo leve nos reservatórios do pré-sal no terceiro poço da área de Carcará, na Bacia de Santos. O poço informalmente conhecido como Carcará Noroeste está localizado a 226 km do litoral do Estado de São Paulo. 

“Esse poço comprovou a descoberta de petróleo de boa qualidade, em reservatórios carbonáticos com excelentes características, situados logo abaixo da camada de sal”, disse a Petrobras em comunicado. “O poço constatou uma expressiva coluna de 318 metros de óleo, não tendo atingido o contato óleo/água dessa acumulação”.

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CSN
A CSN (CSNA3assinou nesta segunda-feira renovação por mais 25 anos da concessão de seu terminal de exportação de minério de ferro e outros granéis sólidos (Tecar), em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A assinatura marcou a maior renovação antecipada de concessões portuárias desde a entrada em vigor da nova lei de portos em 2013.

Segundo a CSN, nos próximos quatro anos a companhia vai investir R$ 1,6 bilhão no Tecar para elevar a capacidade de 30 para 60 milhões de toneladas anuais. Com a renovação, a concessão agora expira em 2047. 

Braskem
A Fitch Ratings, afirmou o rating de probabilidade de inadimplência do emissor em moedas local e estrangeira ‘BBB e o rating nacional de longo prazo em ‘AA+ (bra) da Braskem (BRKM5). A agência manteve a perspectiva estável para os ratings

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Os ratings da companhia refletem sua liderança no setor latino-americano de petroquímicos, os indicadores de crédito atualmente adequados e os desafios inerentes a uma produtora global de alto custo em um setor cíclico. Segundo comunicado da agência, no curto prazo, a empresa deve continuar sendo beneficiada pelos atualmente baixos preços de matéria-prima, principalmente da nafta, e pela forte depreciação do real. Porém, as incertezas com relação ao contrato de nafta com a Petrobras continuam sendo um fator negativo para os ratings da Braskem.

Gol
Além dela, a Gol (GOLL4) teve sua perspectiva de rating alterada pela Moody’s para negativa – indicando um possível corte da nota no curto prazo. Atualmente a nota de rating da companhia é B3.

Hoje, a companhia informou seus dados operacionais de agosto. A Gol anunciou que diminuiu a oferta em 0,6% no mercado doméstico no mês passado, em linha com sua projeção de queda entre 2% e 4% na oferta no segundo semestre. A demanda doméstica reduziu 2,8% no mês, levando a uma taxa de ocupação para 76,1%, representando uma queda de 1,7 ponto percentual quando comparada com agosto de 2014. Já a capacidade internacional aumentou 2,2% e a demanda apresentou evolução de 3,5% no mês, registrando taxa de ocupação de 72,9%, superior a 1 p.p. quando comparado a agosto de 2014. 

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Sabesp
A companhia de água e saneamento paulista Sabesp (SBSP3) informou que assinará contrato de prestação de serviço com a prefeitura de Santos (SP) na terça-feira. 
A Sabesp disse que o contrato terá prazo de 30 anos, mas não forneceu mais detalhes.

No comunicado de ontem, a Sabesp não informou se a dívida foi renegociada ou quitada. A companhia informou ainda que em agosto, gerou R$ 45,9 milhões por meio de tarifas de contingência, e concedeu R$ 81,8 milhões em bônus para consumidores que economizaram água.

Eletrobras
A Eletrobras (ELET3; ELET6) elegeu ontem, em reunião do conselho de administração, Pedro José Diniz Figueiredo, então diretor de operação e comercialização designado interinamente como diretor-presidente, como diretor-presidente da Eletronuclear para cumprir o prazo remanescente do mandato 
e, para substituí-lo na diretoria de operação e comercialização, também pelo prazo remanescente do mandato, João Carlos da Cunha Bastos. 

Recomendações:

 -OdontoPrev
A Odontoprev (ODPV3) teve sua recomendação elevada para market perform (desempenho em linha com a média) pelo Itaú BBA.

-Tractebel
Além dela, a Tractebel (TBLE3) teve sua recomendação elevada para manutenção pelo Santander.  

-Bancos
Analistas do Bank of America Merrill Lynch reduziram ontem suas perspectivas para as ações dos bancos brasileiros. O banco cortou o preço-alvo das instituições em 41% em média, e reduziu a recomendação dos papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4), de compra para neutra. O BofA comentou ainda que, embora os valuations das ações dos bancos estejam atrativos, é difícil pensar em um cenário em que esses papéis irão ter performance acima da média. 
Ontem, as ações do Bradesco caíram 2,5%, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) caiu “apenas” 0,08% e Banco do Brasil (BBAS3) afundou quase 5%. 

Rossi
A Rossi (RSID3) informou nesta manhã a renúncia de seu diretor presidente Leonardo Nogueira Diniz. Para seu lugar foram indicados pelo conselho de administração os atuais diretores da companhia Rodrigo Moraes Martins e Renato Gamba Rocha Diniz para acumular interinamente as funções de diretor presidente até oportuna indicação do sucessor pelo conselho. 

Na noite de ontem, a companhia esclareceu que sua concentração geográfica das praças de atuação está entre as possibilidades de posicionamento estratégico que vem sendo analisadas. No entanto, a companhia informou que, neste momento, não existe qualquer decisão a respeito de qual estratégia será adotada, uma vez que as possibilidades e alternativas ainda estão em fase de análise e estudo pela administração da companhia, em conjunto com os assessores contratados.

Em 5 de agosto, a companhia informou que estava em processo de reestruturação financeiro, estratégico e operacional. Adicionalmente, conforme divulgado, a companhia realizou a contratação da RK Partners Assessoria Financeira e Gestão de Recursos Ltda. e Maxcap Real Estate Investment Advisors como assessora no processo de reestruturação.

Somos Educação
A Somos Educação (SEDU3), antiga Abril Educação, disse que as vendas de suas editoras Ática e Scipione no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático de 2016 para o segmento de Ensino Fundamental I totalizaram 13,4 milhões de livros didáticos, segundo informações recebidas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

“É importante lembrar que o processo de venda dos livros didáticos do Ensino Fundamental I apenas se consumará após a negociação do preço com o FNDE, a partir de um preço mínimo já informado, o qual deverá ser concluído até o final desta semana”, disse a empresa em comunicado na noite de segunda-feira.

A companhia também informou que concluiu negociação com o FNDE sobre a venda de livros de reposições dos anos anteriores para os segmentos de Ensino Fundamental II e Ensino Médio. O volume total de livros vendidos foi de 11,5 milhões, resultando em um faturamento de R$ 102,8 milhões.

T4F
A Time For Fun (SHOW3) comunicou aos acionistas e ao mercado em geral que assumiu as operações da maior promotora de shows de artistas latinos no Chile, a Eventos Bizarro. 

A companhia latina foi fundada há 6 anos e ano passado promoveu shows e festivais de artistas latinos com aproximadamente 200 mil ingressos vendidos. Segundo relatório, a nova operação no Chile traz uma importante complementariedade ao negócio da T4F no país.

Suzano
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ouve nesta terça-feira Daniel Feffer e David Feffer, da Suzano Papel e Celulose (SUZB5), na Câmara às 14h (horário de Brasília).  

Marfrig
A Marfrig (MRFG3) iniciou OPA (Oferta Pública de Aquisição) por títulos sênior no exterior, divididas em três notas com vencimentos em 2018, 2019 e 2020. A oferta se expirará no fim do dia 27 de outubro. A oferta será de até US$ 500 milhões, com possibilidade de incremento de até US$ 150 milhões. 

PetroRio (ex-HRT)
A Petrorio (PRIO3) comunicou hoje que, em reunião do conselho de administração, seu diretor financeiro, Luiz Guilherme Esteves Marques, renunciou ao cargo e, na mesma ocasião, foi eleito, Blener Braga Cardoso Mayhew, que acumula as posições de diretor financeiro, de relação com investidores e de novos negócios. 

Totvs
A Totvs (TOTS3) anunciou novo programa de recompra de ações com prazo de 12 meses, tendo início na próxima terça-feira, 29 de setembro, e término em 28 de setembro do ano que vem. O objetivo da companhia é de maximizar a geração de valor para os acionistas. A quantidade de ações ordinárias em circulação é de 132.329.611 e poderão ser adquiridas 1.600.000, sem redução de capital social.

O prazo do programa é de 12 meses, com início na próxima terça-feira, 29 de setembro, e término em 28 de setembro do ano que vem. As instituições que atuarão como intermediárias são os bancos BTG Pactual, Itaú, Brasil Plural, Santander e Morgan Stanley.

JSL
A JSL (JSLG3) anunciou o fechamento de novos contratos no valor global de aproximadamente R$ 853 milhões e adição de 9.168 carros.

CEB 
A Companhia Energética de Brasília (CEBR6) comunicou aos seus acionistas que sua diretoria está iniciando estudos relacionados à possibilidade e oportunidade de desinvestimento dos ativos de gás e geração de energia elétrica com o objetivo de sanear a CEB Distribuição, criando, assim, condições de retomar os investimentos necessários para a expansão de sua rede de energia, bem como assegurar a adequação na prestação dos serviços objetivo da concessão. 

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