Bolsas dos EUA ampliam quedas após reclassificação do rating espanhol

Indicadores econômicos abaixo do esperado, setor financeiro e vazamento de óleo no Golfo do México em pauta

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As bolsas de valores dos Estados Unidos ampliam as quedas na tarde desta sexta-feira (28), após a divulgação de dados de consumo abaixo do esperado e da agência Fitch ter rebaixado o rating da Espanha, fazendo voltar à tona os temores quanto à dívida da Zona do Euro. A incerteza quanto à efetividade do projeto da British Petroleum em conter o vazamento no Golfo do México também contribui para o mau humor do mercado.

O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, opera em desvalorização de 1,46% e atinge 1.087 pontos. O Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, negocia em baixa de 1,43% a 2.245 pontos, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, cai 1,39%, chegando a 10.117 pontos.

% Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
 Dow Jones -1,39 10.117 -8,41 -2,98 
 Nasdaq -1,43 2.245 -9,17 -1,06 
 S&P 500 -1,46 1.087 -8,76 -2,52 


Indicadores
O núcleo do índice de preços PCE (Personal Consumption Expenditures), divulgado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, registrou alta de 0,1% durante o mês de abril, em linha com as expectativas dos analistas. O índice também ficou estável ante o resultado de março.

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Já a renda dos norte-americanos avançou 0,4%, também em linha com a expectativa do mercado e com a leitura do mês anterior. Por sua vez, os gastos da população não apontaram variação em abril, decepcionando expectativas de um avanço de 0,3%. No mês anterior, a alta foi de 0,6%.

A confiança do consumidor norte-americano medida pela Universidade de Michigan subiu para 73,6 pontos, acima dos 73,2 esperados. Já o Chicago PMI, que mede a atividade industrial da região, atingiu 59,7 pontos, abaixo das expectativas de 60 pontos.

Espanha
A Espanha teve seu rating rebaixado de AAA para AA+ pela Fitch, que disse que encargos da dívida do país provavelmente pesarão sobre seu crescimento econômico. A Espanha detinha a classificação AAA desde 2003. A perspectiva é estável

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O Parlamento espanhol aprovou, na véspera, um plano de austeridade fiscal de € 15 bilhões, que envolve o corte de gastos públicos de modo que a Espanha consiga reduzir seu déficit fiscal para 9,3% do PIB neste ano e 6% em 2011. Atualmente a dívida pública equivale a 11,2% do PIB do país. A Espanha detém o terceiro maior déficit fiscal da Zona do Euro.

Destaques corporativos

Os ADRs da British Petroleum operam com queda um pouco acima de 5,8%, após o CEO (Chief Executive Officer) da petrolífera, Tony Hayward, afirmar que a estratégia de “top kill” para conter o vazamento de óleo no Golfo de México tem uma chance incerta de êxito. Os esforços para deter o derramamento podem durar até as próximas 24 ou 48 horas. 

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Seguindo a tendência de queda, os papéis da Exxon Mobil e da Chevron cedem 0,8% e 1% respectivamente.

Segundo o Wall Street Journal, o Goldman Sachs está buscando um acordo com a SEC (Securities and Exchange Commission) para evitar uma acusação de fraude que poderia vir do processo registrado pela agencia na semana passada. As ações do banco perdem 0,9%.

Os papéis da AIG também caem 3,8%, enquanto a seguradora britânica Prudential tenta negociar o preço de US$ 35,5 bilhões acertado para a compra de uma unidade da norte-americana na Ásia, por pressão dos acionistas, que considerem a oferta muito cara.

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Na contramão, as ações da Apple sobem 0,4%, com o sucesso de vendas do iPad, que somaram 1 milhão nos Estados Unidos, em menos de um mês após o lançamento. O produto está agora disponível na Austrália, no Canadá, no Japão e em seis países europeus. 

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