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Os mercados mundiais amanhecem em alta nesta sexta-feira (15), enquanto investidores ainda reverberam a sinalização de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) no próximo ano, com destaque para Dow Jones, que renovou sua máxima histórica na véspera.
Os principais índices dos EUA caminham para a sétima semana consecutiva no azul. O Dow Jones acumula alta de 2,8% na semana. Já o S&P 500 subiu 2,5%, enquanto o Nasdaq Composite subiu 2,5% esta semana.
A narrativa otimista que os investidores globais estão adotando é que a economia dos EUA alcançará um pouso suave, dando ao Fed espaço para se orientar em direção cortes nas taxas mais cedo do que o esperado.
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Na frente de dados, investidores acompanham a divulgação da produção industrial de novembro nos EUA, que deve trazer alta de 0,3% em relação ao mês anterior, conforme consenso LSEG. O IHS Markit apresentará o índice PMI de dezembro.
Já a China informou que a produção industrial em novembro expandiu ao ritmo mais rápido desde fevereiro do ano passado, mas o crescimento das vendas no varejo ficou aquém das expectativas – um sinal de que a segunda maior economia do mundo ainda está a atravessar uma recuperação irregular.
Por aqui, o Ibovespa também renovou sua máxima histórica de fechamento na última quinta-feira (14), com a continuidade das altas em meio ao cenário de corte de juros por aqui e também com a visão de corte de juros pelo Federal Reserve.
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Na seara política, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a reforma tributária deverá ser analisada nesta sexta-feira (15). Lira passou o dia de ontem reunido com lideranças da Câmara e do Senado em busca de acordo para a votação da reforma.
1. Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de sexta-feira, depois que o Dow Jones atingiu um novo recorde, rumo à sua melhor sequência de vitórias semanais desde 2019.
As ações subiram esta semana depois que o Fed apontou na quarta-feira que seus esforços para conter a inflação estão se consolidando e indicou que três cortes nas taxas de juros ocorrerão em 2024, estimulando o otimismo dos investidores.
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Os dados de vendas no varejo de novembro, que foram mais fortes do que o esperado na quinta-feira, após as leituras de inflação mais fracas desta semana, somaram-se às esperanças de que o BC americana possa navegar por uma aterrissagem suave da economia.
Já os rendimentos do Tesouro despencaram esta semana. O rendimento do Tesouro de 10 anos caiu para menos de 4%, apesar de ter atingido 5% em outubro.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
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- Dow Jones Futuro (EUA), +0,25%
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,23%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,27%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com ganhos em sua maioria, liderados por Hong Kong, enquanto Wall Street continuava a subir depois que o Fed manteve as taxas e traçou um roteiro para cortes em 2024.
A China divulgou dados de novembro sobre o crescimento da produção industrial, vendas no varejo, preços de imóveis e investimento urbano. Mais notavelmente, registrou em novembro a maior expansão da produção industrial desde fevereiro de 2022, embora o crescimento das vendas no varejo tenha ficado abaixo das expectativas.
A produção industrial cresceu 6,6% em novembro em relação ao ano anterior, superando as expectativas de 5,6% em uma pesquisa da Reuters.
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As vendas no varejo aumentaram 10,1% em novembro em relação ao ano anterior, o ritmo de crescimento mais rápido desde maio. Os analistas esperavam um aumento de 12,5% após uma base baixa em 2022. As vendas no varejo aumentaram 7,6% em outubro.
- Shanghai SE (China), -0,56%
- Nikkei (Japão), +0,87%
- Hang Seng Index (Hong Kong), +2,38%
- Kospi (Coreia do Sul), +0,76%
- ASX 200 (Austrália), +0,88%
Europa
Os mercados europeus operam no terreno positivo e caminham para encerrar a semana no azul após várias de decisões política monetária dos principais bancos centrais.
Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu mantiveram suas as respectivas taxas de juros inalteradas, mas os primeiros reagiram contra as expectativas do mercado, mantendo a sua orientação agressiva de que a política monetária provavelmente precisará ser restritiva por um longo período de tempo.
Paralelamente à sua decisão, o BCE revisou suas previsões de crescimento e inflação para a área do euro e anunciou planos para acelerar a redução do seu balanço.
- FTSE 100 (Reino Unido), +0,02%
- DAX (Alemanha), +0,57%
- CAC 40 (França), +0,39%
- FTSE MIB (Itália), +0,63%
- STOXX 600, +0,34%
Commodities
Os preços do petróleo operam com alta e caminham para atingir seu primeiro aumento semanal em dois meses, depois de se beneficiarem de uma previsão otimista da Agência Internacional de Energia sobre a demanda por petróleo para o próximo ano e de um dólar mais fraco.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa nesta sexta-feira, à medida que diminuíam a demanda e a expectativa de falta de estímulo vigoroso em 2024 no principal consumidor, a China, pesaram sobre o sentimento.
O minério de ferro de referência para janeiro SZZFF4 na Bolsa de Cingapura tem um dia pouco movimentado e opera a US$ 134 a tonelada.
- Petróleo WTI, +0,63%, a US$ 72,03 o barril
- Petróleo Brent, +0,60%, a US$ 77,07 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 1,37%, a 935 iuanes, o equivalente a US$ 132,58
Bitcoin
- Bitcoin, +0,10% a US$ 42.965,00 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A semana termina com a divulgação da produção industrial de novembro nos EUA, que deve trazer alta de 0,3% em relação ao mês anterior, conforme consenso LSEG. O IHS Markit apresentará o índice PMI de dezembro.
Brasil
8h: IGP-10 de dezembro
09h: Campos Neto concederá palestra no First Finance and Central Bank Deputies Meeting do G20, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. (fechado à imprensa)
16h: Campos Neto tem reunião com Marcos Barbosa Pinto, Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Vinicius Brandi, Subsecretário de Reformas Macroeconômicas, e Fernando Rieche, Coordenador-Geral de Reformas Microeconômicas, em São Paulo (fechado à imprensa)
EUA
11h15: Produção industrial de novembro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,3%
11h45: PMI de indústria de dezembro
11h45: PMI de serviços de dezembro
3. Noticiário econômico
Lira anuncia que reforma tributária será votada nesta sexta-feira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou na última quinta-feira (14) em Plenário que a reforma tributária deverá ser analisada nesta sexta-feira (15).
“Hoje terminamos os ajustes para votar a tributária amanhã de maneira virtual”, disse.
Lira passou o dia reunido com lideranças da Câmara e do Senado em busca de acordo para a votação da reforma.
Um dos pontos controversos da negociação é a manutenção de benefícios fiscais para a Zona Franca de Manaus. O texto aprovado pelo Senado determina a cobrança da Cide sobre bens similares aos produzidos na Zona Franca para manter as vantagens da região.
Alternativa à desoneração da folha será apresentada na próxima semana
A proposta alternativa do governo à desoneração da folha de pagamento teve a apresentação adiada para a próxima semana, disse nesta quinta, em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Acrescentou que a proposta – que pode sair via medida provisória ou projeto de lei – depende de cálculos que estão sendo concluídos pela equipe econômica.
“Nós íamos apresentar [a proposta do governo] antes da apreciação do veto, mas não houve vontade do Congresso, desejo de esperar. A solução para colocar no Orçamento vamos apresentar semana que vem. Queremos apresentar o quanto antes, as equipes estão trabalhando nos cálculos há algum tempo, desde que o presidente [Lula] validou em Dubai. Nossa ideia é que, na semana que vem, a gente encaminhe para o Congresso uma solução”, declarou o ministro ao retornar de reunião no Palácio do Planalto.
Diferentemente da lei que teve o veto derrubado pelo Congresso nesta tarde, a proposta do governo, informou Haddad, não terá impacto no Orçamento de 2024. Isso porque eventuais desonerações que reduzam a arrecadação da Previdência Social serão compensadas com medidas para elevar as receitas do governo.
4. Noticiário político
Lula sofre seu maior revés no Congresso com derrubada de 13 vetos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu, na quinta, sua maior derrota no Congresso Nacional desde que tomou posse para seu terceiro mandato no comando do Poder Executivo, com a derrubada de 13 vetos, sendo 9 integrais e 4 parciais.
O resultado já era apontado pelos parlamentares há dias e contrasta com os esforços de última hora do Palácio do Planalto na liberação de recursos para emendas, em um claro sinal das dificuldades de articulação política enfrentadas no primeiro ano de administração.
Dos vetos rejeitados, dois se destacam na seara econômica. O primeiro deles foi o veto integral ao projeto que prorrogou até 2027 a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e reduziu a contribuição previdenciária paga por municípios com até 142 mil habitantes (PL 334/2023).
O outro veto econômico derrubado pelos parlamentares refere-se a dispositivo contido no novo marco fiscal (PLP 93/2023). O trecho reabilitado proíbe que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) disponha sobre a exclusão de quaisquer despesas primárias da apuração da meta de resultado primário dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
5. Radar Corporativo
B3 (B3SA3)
O volume financeiro médio negociado na B3 (B3SA3) no segmento de ações caiu 24,4% em novembro na comparação com o registrado em igual período de 2022, ficando em R$ 27,466 bilhões. Em relação a outubro, houve alta de 18,4%.
A B3 encerrou o mês com 5,733 milhões de contas na depositária, um incremento de 5,4% em 12 meses, com o número de investidores individuais ficando em 4,912 milhões, alta de 6,7%. A quantidade de empresas listadas caiu 449 para 446.
A capitalização média de mercado estava em R$ 4,453 trilhões, avanço de 1% em um ano.
Klabin (KLBN11)
O Conselho de Administração da Klabin (KLBN11) aprovou nesta quinta-feira (14) o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) complementares relativos ao exercício de 2023, no valor de R$ 171 milhões, correspondente a R$ 0,03099714009 por ação ordinária e preferencial e R$ 0,15498570045 por Unit.
O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado em 26 de fevereiro de 2024.
As ações passarão a ser negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 22 de dezembro de 2023.
Telefônica Brasil (VIVT3)
A Telefônica Brasil (VIVT3) aprovou a declaração de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) no montante bruto de R$ 850 milhões, equivalente a R$ por ação.
O crédito dos JSCP será realizado com base na posição acionária constante dos registros da companhia ao final do dia 26
de dezembro de 2023. Após esta data as ações serão consideradas “ex-juros”.
O pagamento do provento será realizado até 30 de abril de 2024, devendo a data ser definida pela Diretoria da companhia.
Cemig (CMIG4)
O Conselho de Administração da Cemig (CMIG4) deliberou pela declaração de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$ 1,323 bilhão, o equivalente a R$ 0,60102079554 por ação
Farão jus os acionistas detentores de ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) no dia 21 de dezembro de 2023.
As ações serão negociadas “ex-direitos” a partir de 22 de dezembro de 2023.
O pagamento será efetuado em 2 parcelas iguais, sendo a primeira até 30-06-2024 e a segunda até 30-12-2024.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)