Bovespa: aluguel de ações e número de negócios atingem recorde em maio

Ao todo, 11.172.707 negócios foram realizados no mês anterior; total de empréstimos de ações chegou a 121.971 operações

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – A BM&F Bovespa (BVMF3) fechou maio com um novo recorde em número de negócios no segmento Bovespa. Durante o mês, 11.172.707 negócios foram realizados, superando o recorde anterior de 10.897.755 negócios, visto em fevereiro deste ano, informou a administradora da bolsa brasileira nesta segunda-feira (6).

O número mostrou crescimento de 13,2% frente ao total de negócios visto em abril, mesma tendência vista com o volume financeiro, que passou de R$ 127,04 bilhões para R$ 133,60 bilhões na passagem mensal. Contudo, tanto a média diária de negócios quanto o volume médio negociado por dia em maio mostraram queda em comparação ao mês anterior – a média de negócios por dia caiu de 519.180 para 507.850, enquanto o volume médio foi de R$ 6,68 bilhões para R$ 6,07 bilhões.

O crescimento no resultado mensal, apesar da queda na média diária, pode ser explicado pelo fato de que em maio tivemos 22 pregões, contra 19 em abril, por conta dos feriados de Tiradentes e Sexta-feira da Paixão que ocorreram no quarto mês desse ano.

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Além disso, pelo fato de maio ter sido mais um mês negativo para o mercado acionário brasileiro – com queda de 2,29%, o Ibovespa atingiu o posto de pior investimento do mês -, valor de mercado das 375 empresas listadas na BM&F Bovespa ficou em R$ 2,45 trilhões, abaixo dos R$ 2,50 trilhões do mês anterior.

Recorde de empréstimo de ações
Outro destaque em maio foi o número de operações com empréstimos de ações, que atingiu o recorde de 121.971. A máxima anterior, de 121.239 negócios, também havia sido conquistada em fevereiro de 2011. O giro financeiro obtido com o empréstimo de ações chegou a R$ 54,99 bilhões, ante R$ 52,88 bilhões no mês de abril.

Investidores e mercados
No mês de maio, os investidores estrangeiros ultrapassaram os investidores institucionais em participação financeira no segmento Bovespa, já que sua participação aumentou de 33,57% para 33,75% em relação a abril. Os institucionais, por sua vez, tiveram uma queda de 0,94 ponto percentual nessa participação, respondendo por 32,94% do volume total de maio.

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Já as pessoas físicas movimentaram 21,70% do volume total, seguidas por instituições financeiras (7,78%), empresas (3,40%) e o grupo Outros (0,43%). Ainda sobre as pessoas físicas, vale mencionar que o número de contas de investidores desse tipo subiu de 596.571 para 607.179 entre abril e maio.

Em relação aos tipos de mercado, o mercado à vista (lote-padrão) respondeu por 94,2% do volume financeiro em maio, seguido pelo de opções, com 3,7%, e pelo mercado a termo, com 2%. Já o After Market movimentou R$ 878 milhões em 65.214 negócios, ante R$ 884,99 milhões e 58.537 transações em abril, informa a BM&F Bovespa.

Home Broker aumenta participação
A média diária de negócios via home broker avançou para 270.950 em maio, ante 245.282 em abril. O número de negócios também avançou, passando de 4.853.185 para 5.960.893 na passagem mensal. O volume financeiro, por sua vez, foi de R$ 42,31 bilhões para R$ 36,32 bilhões.

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Com isso, a participação do Home Broker no número de negócios do segmento Bovespa foi de 26,68%, acima dos 24,60% vistos no mês anterior, informa a BM&F Bovespa.

Renda Fixa: forte queda de volume
Por fim, o volume financeiro do mercado secundário de renda fixa privada totalizou R$ 16,43 milhões em maio, muito abaixo dos R$ 54,73 milhões vistos em abril. As debêntures responderam pela maior participação nesse mercado, somando R$ 10,07 milhões do total movimentado, enquanto os R$ 6,36 milhões ficaram com os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers