Braskem (BRKM5) cancela rating emitido pela Moody’s para reduzir custos

Os próprios emissores contratam as agências classificadoras para que os avaliem e atribuam os ratings

Felipe Moreira

Braskem (Foto: Divulgação)
Braskem (Foto: Divulgação)

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A Braskem (BRKM5) cancelou o rating de crédito corporativo em escala global emitido pela agência de classificação de risco Moody’s, em função da implementação de iniciativas com foco na redução de custos.

Em comunicado ao mercado, a petroquímica afirmou que a decisão ocorreu em “função da implementação das iniciativas corporativas com foco na disciplina de custos que vem sendo divulgada pela companhia”.

De acordo com informações no site da Braskem, a Moody’s classificava no final de julho o risco de crédito global da companhia com nota Ba1 e perspectiva estável.

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Pela Fitch e pela Standard & Poor’s, a petroquímica tem nota BBB-, com perspectiva negativa. Ambas as notas são de agosto, dos dias 23 e 9, respectivamente.

Em relatório com data da última sexta-feira, a Fitch afirmou que o iminente colapso de uma mina de sal-gema localizada em Maceió pode impactar significativamente os fluxos de caixa da Braskem e pressionar seus ratings.

O rating nada mais é do que uma nota que uma agência classificadora de risco atribui a um governo, empresa ou emissão de dívida. Essa nota indica a qualidade de crédito de um emissor. Quanto mais elevada a nota, menor o risco de calote daquele emissor, na opinião das agências de rating.

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Os próprios emissores contratam as agências classificadoras para que os avaliem e atribuam os ratings. Com isso, as instituições que estruturam as dívidas (como bancos de investimentos) conseguem embasar melhor as condições das emissões, atingindo um custo de dívida condizente com seu risco.

Situação em Alagoas

Na última quarta-feira (29), a prefeitura da capital alagoana Maceió decretou situação de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem no bairro do Mustange.

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Este é mais um capítulo de uma história que se arrasta desde 2018, quando foram registrados afundamentos em cinco bairros. Estima-se que cerca de 60 mil residentes tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis.

O risco de colapso em uma das 35 minas de responsabilidade da Braskem tem sido monitorado pela Defesa Civil de Maceió e foi detectado devido ao avanço no afundamento.

A petroquímica confirmou na semana passada que poderia ocorrer um grande desabamento da área e viu-se obrigada a ampliar o mapa de risco, incorporando mais moradores de Maceió ao programa de realocação e compensação. Em uma medida compensatória de R$ 1 bilhão, a empresa incluirá os residentes do bairro de Bom Parto.

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Nesta terça-feira, a Defesa Civil de Maceió retirou o status de alerta “máximo” para a mina de número 18 da Braskem, que vem preocupando a população e autoridades devido ao rápido afundamento da superfície verificado desde a semana passada.

(com Reuters)