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(Bloomberg) — O Grupo BTG Pactual (BBTG11), banco brasileiro que foi forçado a vender ativos após a prisão de seu fundador, André Esteves, no ano passado, está avaliando a venda de sua participação de 50 por cento em uma joint venture africana com a Petrobras (PETR3;PETR4), segundo pessoas informadas sobre o assunto.
O BTG conversou sobre a venda com petroleiras independentes que operam no continente e com empresas locais, disseram as pessoas, pedindo anonimato porque a informação é privada. A unidade de investment banking do banco vem conduzindo as discussões com possíveis compradores, disseram as pessoas. Não existe garantia de que as negociações levarão a um acordo, disseram as pessoas.
O banco com sede em São Paulo entrou em um empreendimento com a Petrobras em 2013 e pagou US$ 1,5 bilhão por uma participação de 50 por cento na divisão africana da petroleira. As operações africanas passaram a ser questionadas em março deste ano, depois que o senador Delcídio do Amaral afirmou, em um acordo de delação premiada, que o BTG pagou um valor baixo pelos ativos de petróleo. O BTG disse que sua oferta foi a mais elevada de uma licitação na qual outras 14 empresas foram convidadas a participar.
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O fundador e então CEO do BTG André Esteves foi preso em novembro em decorrência das investigações da Operação Lava Jato. O bilionário, que havia negado qualquer irregularidade, foi liberado posteriormente e retornou à empresa como sócio e conselheiro sênior em abril. A Petrobras, por sua vez, é peça central de um escândalo no qual altos executivos da empresa teriam conspirado com empreiteiras para cobrar valores excessivos por projetos com o objetivo de pagar propinas e ajudar a financiar campanhas políticas.
O investimento do BTG no empreendimento rendeu ao banco participações em ativos em Angola, Benim, Gabão, Namíbia, Nigéria e Tanzânia. Representante do BTG preferiu não comentar.