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Um grupo de titulares de contas da plataforma de empréstimos de criptomoedas Celsius Network pediu formalmente ao tribunal que supervisiona o caso de falência da empresa para autorizar a devolução de seus montantes investidos.
O grupo solicitou na quarta-feira (31) ao Tribunal de Falências de Nova York para o Distrito Sul uma sentença exigindo que a Celsius permita saques das contas de custódia.
Desde meados de junho, os saques na plataforma estão congelados. A empresa entrou com pedido de falência logo depois, em julho. Para sobreviver, a Celsius espera reestruturar suas operações e usar a receita gerada por uma operação de mineração de criptomoedas que ainda está em construção.
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O grupo é formado por 64 pessoas que detêm pelo menos US$ 22,5 milhões em criptomoedas em custódia na Celsius, de acordo com o documento. Ele é separado do Comitê Não Oficial de Credores (UCC), outro conjunto organizado por clientes da plataforma cripto falida.
Na ação judicial, o grupo de investidores argumenta que as criptomoedas foram depositadas em contas de custódia, em vez do produto “Earn”, que é um gerador de rendimento. Isso significa que a Celsius deveria ter mantido os ativos em um local segregado e em nome dos membros do grupo, que têm a titularidade dos fundos, diz o documento.
Com isso, os clientes defendem que devem ser capazes de receber o dinheiro de volta independentemente do resultado do processo de falência.
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“O Tribunal deixou claro em várias audiências que, se os Ativos de Custódia não forem propriedade do espólio, tais ativos devem ser devolvidos aos usuários”, destaca o documento. “Após discussões com os Devedores e seus assessores e o Comitê de Credores e seus assessores, a Autora não conseguiu obter a devolução de seus Ativos de Custódia, e os Devedores não suspenderam o congelamento das contas de Custódia da Autora.”
Os titulares da conta dizem que a Celsius ainda possui o mesmo tipo de criptomoeda que eles depositaram e os fundos permanecem separados do restante daqueles da Celsius. A empresa, portanto, tem a capacidade de permitir que eles retirem seus fundos, mas não o fez.
O texto continua explicando a distinção entre os titulares de contas de custódia da Celsius e os clientes do programa “Earn”.
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“A recusa contínua dos Devedores em honrar os saques de todos os Ativos de Custódia criou enormes dificuldades para seus usuários, conforme estabelecido em centenas de cartas arquivadas na súmula e em declarações feitas por usuários em audiências nos Casos do Chapter 11 (lei de falências dos EUA à qual a Celsius recorreu). Como não é propriedade dos Devedores, eles não devem continuar a deter Ativos de Custódia durante os Processos do Chapter 11 e não podem usá-los para pagar as reivindicações dos credores”, diz o documento.
O CoinDesk informou pela primeira vez, em 1º de agosto, que alguns clientes achavam que a Kirkland & Ellis, escritório de advocacia da Celsius, poderia ter solicitado a devolução dos fundos bem antes de quarta-feira (31). Haverá uma audiência nesta quinta-feira (1) para discutir o pedido e outras questões.
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