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SÃO PAULO – O presidente da Vale (VALE3, VALE5), Murilo Ferreira, disse nesta terça-feira (24) que a MRS tem um contrato de “take or pay” com a MMX (MMXM3) pelo qual a mineradora de Eike Batista tem a obrigação de embarcar minério de ferro em ferrovia da empresa de logística, sinalizando que a inexistência de embarques provocou uma quebra de acordo.
A Vale é sócia da MRS Logística.
Questionado durante evento em Belo Horizonte se a MMX deve pagar uma indenização por não ter embarcado minério, Ferreira confirmou a existência do contrato de “take or pay”, mas evitou comentar se a mineradora de Eike deve realizar o pagamento de uma multa à MRS.
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“Não sei se tem direito, o que sei é que a MRS tem contrato com a MMX de “take or pay”… obrigação é mútua, o investimento tem que estar feito… temos obrigação de ter tudo pronto e eles têm obrigação de colocar o material naquelas datas”, afirmou a jornalistas o presidente da Vale, companhia que integra o grupo de acionistas que controlam a MRS, juntamente com empresas como CSN e Usiminas.
As dúvidas sobre os embarques da MMX ocorrem num momento em que a mineradora tem reduzido o ritmo do desenvolvimento de projetos de minério de ferro em Minas Gerais, em meio a uma onda de problemas financeiros de Eike, controlador da companhia.
A MMX assinou ao final de 2011 contrato de prestação de serviço ferroviário com a MRS para escoamento do minério de ferro produzido no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais até o Porto Sudeste, em Itaguaí, Rio de Janeiro.
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O contrato prevê transporte de até 36 milhões de toneladas de minério de ferro por ano até 2026.