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SÃO PAULO – As empresas filiadas à Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, (CitrusBR), Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company processaram 240,4 milhões de caixas de laranja de 40,8 quilos. A moagem das empresas não associadas à CitrusBR, encerrou a temporada 2015/16 em 21,2 milhões de caixas. Diante dos números, a entidade estimou que o rendimento industrial recuou 25,8%.
Esse cenário adverso nas indústrias ocasionou uma perda de valor para toda a indústria paulista na ordem de R$ 1,1 bilhão. O cálculo leva em consideração o preço médio do suco de laranja na bolsa de Nova Iorque no período entre 01 de julho de 2015 e 30 de abril de 2016, de US$ 1,3085 por libra peso (US$1.903,87 por tonelada métrica) ou US$ 1,0227 por libra peso (US$1.487,87 por tonelada métrica) descontado o imposto de importação.
O clima adverso, que prejudicou a qualidade das frutas, foi o principal responsável pelo fraco desempenho das indústrias. “Em vez de processar suco, as empresas processaram água. E essa é uma alta de custo totalmente absorvida pela indústria”, disse, por meio de nota, o diretor-executivo da entidade, Ibiapaba Netto.
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Produção de suco e estoques
Segundo dados da CitrusBR, o total de suco produzido foi de 865.463 toneladas de FCOJ equivalente no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro. Com demanda total estimada de suco de 1.060.000 toneladas de FCOJ equivalente na safra 2015/2016, somadas a outras 17.000 toneladas de suco no Rio Grande do Sul e Paraná destinadas às indústrias paulistas, a CitrusBR eleva a previsão de estoques de passagem em 30 de junho de 2016 para 332.856 toneladas, data de corte de safra. Com essa revisão, a estimativa de estoque também sofre uma pequena alteração com acréscimo de aproximadamente 40,4 mil toneladas de FCOJ equivalente. A previsão anterior, de 19 de fevereiro, estimava cerca de 292 mil toneladas.