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SÃO PAULO – Em uma semana com grande quantidade de dados do setor imobiliário dos Estados Unidos, a turbulência observada no período anterior deve dar lugar a acomodação de uma tendência entre 19 e 23 de março, após uma semana marcada por forte pressão vendedora.
Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, avalia que com a situação mais calma na Zona do Euro e sem expectativa de nenhuma novidade no caso da Grécia ou de outros países em situação complicada, o foco deve ser, mesmo, os indicadores norte-americanos, e mais alguns europeus, que vão sinalizar como anda a recuperação econômica global.
No entanto, a especialista alerta para possíveis realizações de lucros a ocorrerem no meio do caminho, tanto aqui como nos EUA, seguindo a forte valorização dos principais índices. De qualquer jeito, é esperada a retomada de um fluxo comprador. A Rosenberg e Associados também acredita no viés de alta, com destaque para exportadoras, varejistas e instituições financeiras.
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Construção nos EUA
Apesar da recente melhora nos dados da construção civil norte-americana, com um volume maior de vendas, os preços continuam em patamares reduzidos, como lembra a diretora da AGK. Na terça-feira (20) será revelado o índice de obras iniciadas em fevereiro para residências, e a expectativa é de estabilidade. Já as licenças para novos empreendimentos deve subir.
Na quarta-feira (21), os EUA divulgam as vendas de imóveis já existentes. A projeção é de desaquecimento. Por fim, na sexta-feira (23), é a vez do indicador de comercializações de novas casas. É esperado um aumento de 1,4%. As estimativas foram compiladas por Miriam Tavares.
Agenda econômica
Além do setor imobiliário, também é relevante a divulgação dos indicadores antecedentes dos EUA, relativos ao mês passado. O mercado aguarda um avanço que demonstre a retomada que vem sendo apresentada nos últimos comunicados. Por fim, o HSBC revela a prévia do PMI (Purchasing Managers’ Index) da China, relativo a março.
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Na Europa a expectativa gira em torno também da atividade industrial e de serviços, bem como os dados de confiança ao consumidor. Os principais índices devem ser revelados na quinta-feira (22).
O front doméstico, por sua vez, conta com a Pesquisa Mensal do Emprego, que sai na quarta. A projeção da diretora da AGK é de avanço, de 5,5% em janeiro para 5,9% no mês seguinte. Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também comunica o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), prévia da inflação oficial.
Finalmente, o Banco Central divulga na sexta-feira a nota de setor externo de fevereiro que, ajudada pela balança comercial, pode trazer um déficit bem reduzido frente aos US$ 7,1 bilhões negativos de janeiro, enquanto um dia antes será publicada a nota de mercado aberto.