Com mudança de CEO, Yahoo gera divergências de opinião em Wall Street

Carol Bartz entra no lugar de Jerry Yang; acionistas ponderam entre pouca experiência com internet e pulso firme

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – Na tentativa de trazer novos rumos à empresa, o Yahoo anunciou na noite de terça-feira (13) a mudança no CEO (Chief Executive Officer) do grupo, substituindo Jerry Yang por Carol Bartz. A troca, que repercutiu em Wall Street pouco antes do fechamento dos negócios, dividiu opiniões.

Entre os pontos mais criticados na nomeação, a falta de experiência no segmento de internet preocupou alguns acionistas, embora isso não tenha impedido as ações de fecharem com leve alta. Na outra ponta, entre os que defenderam a troca, elogios não faltam: Bartz teria a liderança de que o Yahoo tanto precisa.

De toda forma, porém, o consenso no mercado indica que a nova presidente terá muitos desafios durante um dos piores momentos da história da economia dos EUA. Driblar a queda nos anunciantes, a expansão do Google e o impasse com a Microsoft são apenas alguns dos tópicos que Carol terá que solucionar, prestando atenção ainda no baixo preço das ações e na falta de consenso dos acionistas.

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Trabalho pela frente

Conhecida por ter liderado a Autodesk, gigante na área de desenvolvimento de softwares, a nova presidente do Yahoo afirmou por telefone a alguns analistas que seu foco será colocar a companhia de volta no eixo de crescimento, ocupando agora o antigo cargo de Jerry Yang, um dos fundadores do grupo.

Alvo de muitas críticas pelo mercado, o ex-presidente perdeu apoio por não ter adotado mudanças mais radicais na empresa, deixando-a sem rumo definido. Alguns acionistas também não gostaram do fato de Yang ter recusado a oferta da Microsoft, que chegou a oferecer três vezes o valor atual das ações para assumir o controle do grupo.

Mesmo com a mudança na presidência, o impasse entre as duas gigantes do Vale do Silício parece estar longe de terminar, após a Microsoft indicar que ainda está interessada em adquirir parte dos negócios do Yahoo. Alguns acionistas continuam fazendo pressão na mesma direção.