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SÃO PAULO – As novidades relativas ao Wachovia não são tão animadoras quanto o fluxo de notícias do setor financeiro norte-americano: ao contrário de instituições como Citigroup, Bank of America e JPMorgan, os resultados do banco não superaram as expectativas, pressionando as ações, que caem cerca de 11% em Wall Street.
Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (22), a instituição registrou um prejuízo líquido recorde de US$ 8,9 bilhões no segundo trimestre deste ano, ou US$ 4,20 por ação, em comparação com o lucro líquido de US$ 2,3 bilhões alcançado no mesmo período do ano passado, o que corresponde a ganhos de US$ 1,23 por ação.
Cabe lembrar que no dia 9 de julho o banco havia divulgado um comunicado em que afirmava expectativas de perdas de no mínimo US$ 2,6 bilhões no trimestre terminado em 30 de junho, devido a prejuízos relativos ao mercado imobiliário e de hipotecas.
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Conforme explicado pelo Wachovia, os prejuízos refletem também o aumento das provisões para perdas com empréstimos para US$ 5,6 bilhões, em comparação com os US$ 179 milhões do segundo trimestre de 2007 e US$ 2,83 bilhões reportados no primeiro quarto deste ano.
Foco no capital
“No curto prazo, toda a companhia está focada em proteger, preservar e gerar capital; reforçando a forte posição de liquidez do Wachovia; e reduzindo o risco”, afirmou Robert K. Steel, CEO e presidente do banco.
O Wachovia, quarto maior banco dos EUA, tem tomado iniciativas que devem resultar em economia ou geração de capital de mais de US$ 5 bilhões, enquanto a administração foca a melhora da sua posição de liquidez até o ano que vem.
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De acordo com a empresa, mesmo com as iniciativas, as expectativas para o segundo semestre deste ano apontam para a continuidade das dificuldades no mercado de crédito, o que deve influenciar uma contração da folha de balanço.
Corte de dividendos
Frente aos resultados do segundo trimestre, o banco voltou a anunciar cortes nos proventos. Com a nova redução, de 87%, os dividendos trimestrais caem para US$ 0,05 por ação.
“Considerando a posição da companhia, é prudente e necessário reduzir ainda mais os dividendos de ações ordinárias. Enquanto é uma decisão difícil, é a melhor medida a longo prazo para os nossos acionistas”, explicou Steel, que completou dizendo que está confiante na capacidade da administração da empresa de superar o mau momento.