Com qualidade dos serviços no radar, não faltam planos para a Futura em 2011

Primeiros passos devem ser renovação do site e pacotes diferenciados para o home broker, além da abertura de filiais

Tainara Machado

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SÃO PAULO – Até meados de 2009, a Futura Corretora oferecia serviços aos clientes que desejassem operar nos mercados futuros da BM&F, principalmente com commodities agrícolas. Desde então, embora não tenha abandonado o seu nicho inicial, a corretora diversificou o foco e passou a também operar na Bovespa, abrindo um novo leque de possibilidades aos seus clientes. 

“Foi um passo para que nossos clientes pudessem ter meios para realizar investimentos em mais mercados”, analisou Manoela Ferreira, diretora da Futura Corretora. Pouco depois, veio o home broker próprio, que neste ano deve ser renovado para oferecer serviços em três escalas. Uma, mais simples, contará com ferramentas básicas e preço menor. Uma segunda opção, intermediária, contará com maior amplitude de serviços, enquanto o terceiro pacote será destinado sobretudo aos investidores profissionais, com uma ampla gama de ferramentas e possibilidades dentro da plataforma, por um valor também maior. A expectativa é que o novo home broker fique pronto no segundo semestre.

Cliente assistido sempre
A distinção, explica Manoela Ferreira, não significa que o serviço mudará. O estabelecimento continuará a centrar atenções e esforços no atendimento ao cliente. “Nosso diferencial é a aproximação com nossos investidores. Não importa se tem muito ou pouco [dinheiro investido], o cliente sempre será assistido”, explicou a diretora.

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A intenção, portanto, não é oferecer serviços muito baratos, com corretagens lá no chão, e evitar ao máximo que o cliente ligue na mesa de operações. Manoela explica que mesmo os investidores do home broker são incentivados a entrarem em contato quando tiverem dúvidas ou precisarem de assessoria. “Enquanto nossos concorrentes fogem, nós queremos cada vez mais aproximação”, afirmou a diretora.

Outro projeto, previsto ainda para este primeiro trimestre, é a reformulação do site da corretora. A renovação adicionará funcionalidades para que o site seja uma referência de informação, explicou a diretora.

Mais filiais, mais educação
A educação financeira, por meio do oferecimento de cursos e palestras, também é ponto importante para o plano de expansão da Futura. Às vezes, indica Manoela, as pessoas não investem porque não entendem, sentem-se inseguras com o mercado de capitais. “Com mais informação, as pessoas tendem a se arriscar mais um pouco”, explicou. 

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Este será um elemento importante no estabelecimento de filiais no Nordeste. Embora a corretora ainda esteja estudando o mercado e as oportunidades existentes, as conversas já estão mais adiantadas para o estabelecimentos de braços da Futura em Recife e Fortaleza, o que pode acontecer até o final de 2011. Outro plano é a abertura de uma filial no Rio de Janeiro para “breve”. 

Commodities financeiras
Os investidores pessoa física, no entanto, não passaram a único público-alvo da corretora. Investidores qualificados, que operam nos mercados futuros, também continuam no radar. Agora, no entanto, a prioridade é para as commodities financeiras, como chama Manoela os contratos futuros de índice, dólar e juros, por exemplo. 

Isso porque, desde a crise financeira de 2008, Manoela observa que as perspectivas para o agronégocio sofreram, e o mesmo ritmo de crescimento observado até então não faz mais parte das premissas para os próximos anos. Assim, por uma demanda do próprio mercado, avalia a diretora, a Futura Corretora teve que adaptar suas metas. “Temos investido e crescido muito neste segmento, normalmente restrito aos grandes bancos”, declarou.

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Entre outros planos na lista, estão a abertura de uma asset, um projeto paralelo que deve ser concretizado dentro dos próximos dois anos, e a obtenção de licença para operar também como corretora de câmbio. Este último investimento deve ainda demorar algum tempo para ser concretizado, já que o processo jurídico é complicado e, por muitas vezes, longo. Ainda assim, como declarou a própria diretora, “projeto é o que não falta” para a Futura Corretora.