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SÃO PAULO – A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda) encerrou nesta terça-feira (29) sua análise sobre os efeitos da fusão entre a Perdigão e a Sadia, que dá origem à Brasil Foods (BRFS3).
A entidade recomendou que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprove a operação entre as duas companhias, mas “com restrições que englobem aspectos estruturais e comportamentais”.
A Seae destacou que a fusão entre as empresas gera concentrações de mercado na maioria dos segmentos alimentícios em que a Perdigão e da Sadia atuam, com exceção dos mercados de carne bovina, suína e de frango in natura, além de batatas e vegetais congelados.
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Essas concentrações “poderiam implicar na criação de poder de mercado que não seria contestado por novas entradas ou pelos concorrentes nesses mercados. (…) Não foram demonstradas eficiências antitruste específicas da operação que mostrassem que o seu efeito líquido seria não negativo”, concluiu a Seae.
Opção
A Seae propôs em nota duas soluções para o Cade a fim de permitir a operação de fusão entre Sadia e Perdigão, sem que os problemas destacados pela análise venham a atingir negativamente o mercado.
A primeira alternativa proposta dá conta de um licenciamento temporário (de no mínimo 5 anos) de um “ativo marca principal” (Sadia ou Perdigão), acompanhado pela alienação do conjunto de ativos correspondente.
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Já a segunda prevê a venda de um bloco de ativos, o qual contempla marcas secundárias como Batavo e Rezende, entre outras. Nos dois casos, as vendas incluiriam todos os ativos industriais e mão de obra das marcas envolvidas na operação.