Começa temporada de resultados, Eletrobras encerra pendências judiciais nos EUA, recomendações e mais notícias

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (24)

Lara Rizério

Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí
Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí

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SÃO PAULO – A véspera do feriado na B3 marca também as primeiras reações à temporada de balanços do quarto trimestre de 2018, com o Banco Inter dando o pontapé inicial ao divulgar seus números para o período. Diversas recomendações também ganham destaque no mercado, com atenção para a revisão do setor elétrico pelo Itaú BBA.

Ainda no setor, a Eletrobras diz não haver mais demandas judiciais contra empresa nos EUA. Confira mais destaques do mercado na sessão desta quinta-feira (24):

A Eletrobras comunicou ter encerrado o prazo para apresentar recurso contra a decisão que aprovou em definitivo o acordo firmado entre a elétrica e seus acionistas norte-americanos, no âmbito da Class Action nos EUA, “sem que tenha sido interposto nenhum recurso”.

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“Em decorrência do trânsito em julgado da Class Action, o Acordo já homologado adquire plena eficácia, não existindo mais nenhuma demanda judicial em curso contra a Eletrobras nos Estados Unidos, de conhecimento da Companhia”, afirmou a empresa.

Os investidores nos EUA queriam reparação da estatal por alegadas perdas geradas pelo envolvimento da companhia em casos de corrupção descobertos pelas investigações da Operação Lava Jato.

Em junho, as partes apresentaram o acordo que contemplava pagamento de US$ 14,75 milhões em contrapartida à exoneração completa de quaisquer acusações e responsabilidades por parte da Eletrobras e de executivos envolvidos na ação coletiva.

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Elétricas

Em relatório sobre elétricas, o Itaú BBA elevou a recomendação para os papéis de Eneva (ENEV3) e Ômega (OMGE3) para compra e estabeleceram novos preços-alvo para 2019 para os papéis, em R$ 23 e R$ 26, respectivamente.

“Junto com Enel Chile, Eneva é o play preferido do time em geração LatAm, já que a companhia tem uma das melhores plataformas para crescimento no setor e um time qualificado garantindo a execução. Também entendemos que a companhia reduziu drasticamente o risco de oferta de gás natural. Vemos o papel negociando a uma TIR (Taxa Interna de Retorno) real atrativa de 13%. Em OMGE3, vemos a papel negociando a uma TIR real também atrativa de 9.2%, dado o perfil de baixo risco da companhia”, afirmam. 

Os analistas também reiteraram recomendação de compra em Energisa (ENGI11) e estabeleceram um novo preço-alvo para 2019 de R$ 47 por ação, além de manter recomendação marketperform em Equatorial com preço-alvo de R$ 91 por ação.

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Small caps

Os analistas do Itaú BBA atualizaram o portfólio de Small Caps, aumentando a exposição aos setores domésticos (exceto setor financeiro). Foram retirados os papéis de Alupar (ALUP11), Copasa (CSMG3), Marcopolo (POMO4), Tegma (TGMA3), Valid (VLID3) e Wiz (WIZS3) e adicionados Oi (OIBR3), Totvs (TOTS3), Iochpe (MYPKE3), Mahle (LEVE3), Bradespar (BRAP4) e Arezzo (ARZZ3).

O novo portfólio de small caps contém os seguintes papéis: ARZZ3, BRAP4, LEVE3, MYPK3, TOTS3, OIBR3, GOAU4, TEND3, BEEF3 e SEER3.

Adquirentes

O Itaú BBA também revisou o cenário para as empresas de maquininhas, destacando preferência por PagSeguro e mantendo recomendação marketperform para Cielo (CIEL3) e Stone. 

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Oi (OIBR3;OIBR4)

Inquérito instaurado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para analisar a oferta global de ações da Oi em 2014, detectou pagamento de vantagem indevida a ex-executivos da companhia sem prévia aprovação de assembleia geral ou do conselho de administração, destaca o Valor. Informações sobre os pagamentos foram ocultadas nas demonstrações financeiras da empresa daquele ano, constatou o regulador do mercado de capitais. 

Notre Dame (GNDI3)

A BCBF Participações, controladora da NotreDame Intermédica, emitiu R$ 900 milhões em debêntures com vencimento em 2023, pagando 1% + CDI. 

Conforme destaca o Bradesco BBI, a elevação desse valor da dívida não foi uma surpresa. A empresa anunciou que parte da aquisição da Greenline seria financiada com novas dívidas e, dada a recente aprovação pela ANS e pelo CADE,  o fechamento do negócio está próximo. No terceiro trimestre de 2018, a companhia registrou uma posição de caixa líquido de R$ 6,3 milhões, com uma dívida bruta de R$ 1,2 bilhão. “Em nossa visão, a estrutura de capital da GNDI parece sólida e deve permitir que ela continue executando sua estratégia de crescimento inorgânico por meio de novas aquisições”, afirmam os analistas do banco.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.