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SÃO PAULO – Em uma sessão de liquidez reduzida com o feriado nos EUA, o mercado brasileiro foi impactado pelo vencimento de opções sobre ações, além do noticiário movimentado principalmente para Localiza e Cosan.
A Localiza pode levantar até R$ 1,7 bilhão com oferta de ações, enquanto a Cosan lançou OPA por 17,85% das ações da Comgás por um valor 23% acima da cotação da última sexta-feira. Com isso, os papéis da Comgás têm alta superior a 20%.
Confira estes e outros destaques do mercado nesta segunda-feira (21):
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Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras seguiu a virada do petróleo no exterior e fechou com leves ganhos de olho nos dados da economia da China, que teve crescimento de 6,6% em 2018, o mais baixo em 28 anos.
No radar da companhia, a Petrobras pagou cerca de R$ 35 bilhões antecipadamente ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nos últimos três anos.
Assim, reduziu o compromisso com o banco público de R$ 58 bilhões no fim de 2015 para R$ 10 bilhões no fim do ano passado. Além do que foi antecipado desde 2015, a petroleira ainda pagou cerca de R$ 13 bilhões dentro do prazo de vencimento. A expectativa, segundo a empresa, é que novos pré-pagamentos aconteçam ao longo deste ano.
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Ainda no radar da estatal, de acordo com o site especializado Brasil Energia, a venda da TAG pode ter uma conclusão rápida, podendo ocorrer até abril ou antes. Isso porque, quando ocorreu a paralisação da alienação, o desinvestimento já estava mais ou menos encaminhado. O STJ liberou nesta semana a venda do ativo. A tendência é que a rede de transporte seja negociada para a Engie.
Localiza (RENT3)
A Localiza anunciou na última sexta-feira a intenção de realizar uma oferta pública primária de cerca 46 milhões de ações, que pode ser acrescida em até 20% (ou 9,2 milhões de ações). Ao considerar o preço de fechamento do dia do anúncio de R$ 31,18 por ação, a oferta seria de cerca de R$ 1,434 bilhão e, considerando o lote adicional, poderia chegar a até R$ 1,721 bilhão. A precificação está prevista para ocorrer no dia 31.
Os recursos da oferta serão destinados à expansão do negócio por meio do investimento em frota, inovações, melhorias e reforço do capital de giro, aponta o comunicado da companhia.
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Em nota a clientes, a XP Research ressalta que, assumindo (i) que apenas a oferta base ocorra, (ii) que cerca de 80% dos recursos da oferta sejam destinados ao crescimento (aquisição de veículos), e (iii) que a competição levemente maior no segmento de aluguel de carros resultasse em queda marginal nas tarifas para a frente (queda de R$ 0,50 – R$ 1,00 por diária), a estimativa é de um aumento do lucro entre 10 a 13% em relação à estimativa inicial da equipe de análise, e que a alavancagem cairia para 2,2 vezes a 2,4 vezes a relação entre dívida líquida/e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ao final do ano.
A XP segue com recomendação de compra para os papéis e vê “potencial de geração de valor com o crescimento superior, escala maior e alavancagem menor, resultando em custo de dívida mais baixo, despesas financeiras menores e spread saudável entre retorno sobre o capital investido e custo”.
Cosan (CSAN3) e Comgás (CGAS5)
A Cosan informou na sexta-feira que lançará uma OPA, oferta pública voluntária para aquisição de ações preferenciais classe “A” de emissão da sua controlada Comgás por R$ 82,00 por ação.
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O fato relevante da companhia aponta que o conselho de administração da empresa aprovou na sexta-feira a contratação de assessores financeiros e a submissão à B3 de minuta do edital para a realização da oferta. Foram contratados o Banco BTG Pactual S.A. como instituição intermediária e o Citigroup Global Markets Assessoria Ltda. para elaboração do laudo de avaliação da Comgás.
A OPA voluntária pretendida terá por objeto a aquisição de até a totalidade das ações preferenciais classe A de emissão da Comgás em circulação e negociadas na B3, atualmente correspondentes a 23.566.096 ações preferenciais classe A, representativas de 17,85% do capital social total da
Comgás. A oferta estará condicionada à adesão de dois terços dos acionistas detentores das ações em circulação, de acordo com o fato relevante.
A Cosan informou ainda que também foi assinado um acordo privado com determinados acionistas detentores de cerca de 9,8 milhões de ações preferenciais classe A da Comgás, por meio do qual a Cosan se compromete a adquirir e tais acionistas se comprometem a alienar todas as referidas ações preferenciais classe A no âmbito da OPA Voluntária Pretendida.
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As ações preferenciais classe A objeto deste acordo privado representam, aproximadamente, 41,786% dos ativos preferenciais classe A em circulação.
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O Conselho da Cosan aprovou empréstimo de R$ 1,7 bilhão para a compra dos papéis e acordo com Alaska Investimentos para comprar suas ações na Comgás.
Segundo o Credit Suisse, do lado positivo, o preço da transação indica que a ação CGAS5 estava subvalorizada e deve levar a um re-rating das acoes da Cosan de aproximadamente 10%, dada sua participação de 80% na empresa.
Por outro lado, alguns investidores podem ficar com a impressão de que a Cosan está pagando acima do valor justo, o que poderia pressionar as acoes. No entanto, o banco destaca que nesse caso, o impacto na CSAN3 seria de apenas 2% do market cap.
“Acreditamos que a reação deve ser positiva, uma vez que algum prêmio era necessário para os acionistas de CGAS aceitarem o OPA. Adicionalmente, acreditamos que esse seja uma parte de um processo de reestruturação societária maior, o que também deve incluir a Rumo (RAIL3) e Cosan Logística (RLOG3)”, destacam os analistas do banco.
Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3)
As ações do Magazine Luiza e da B2W caíram em meio aos rumores de que a Amazon está próxima de lançar uma plataforma de vendas diretas no Brasil. A plataforma 1P, de venda direta, indicaria que a Amazon está pronta para estabelecer parcerias com operadores de atendimento e companhias de logística que deem um maior suporte aos clientes.
Brasil Pharma (BPHA3)
Sem proponentes, o leilão da Farmais, previsto para 24 de janeiro, foi adiado. O prazo para interessados se habilitarem terminou em 17 de janeiro. A BR Pharma está em recuperação judicial e plano prevê venda de determinados ativos, como Farmais e outros pontos comerciais. A venda de 2 pontos comerciais teve manifestação de interesse e habilitação, segundo o documento.
A administração da companhia “tem trabalhado na adoção das medidas previstas no plano de recuperação judicial, de modo a assegurar a efetividade da reestruturação e viabilizar a continuidade das atividades”. Mais cedo, B3 suspendeu negociações com valores mobiliários da BR Pharma pela iminência de divulgação de fato relevante.
Equatorial (EQTL3)
O Bradesco BBI atualizou as estimativas para a Equatorial, seguindo com recomendação neutra, mas aumentando o preço-alvo de R$ 91 para R$ 94, principalmente por conta de: (1) extensão dos benefícios fiscais até 2023 e (2) para ajustar a data da revisão tarifária extraordinária para Cepisa para dezembro de 2019.
Por enquanto, os analistas ainda incorporam um follow-on de R$ 1 bilhão para equacionar alavancagem, embora a companhia tenha mencionado que não seja óbvio.
SLC (SLCE3)
O estado do Mato Grosso aprovou o aumento do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) que se traduz num impacto nas vendas de diversos produtos agrícolas como soja, algodão, gado, milho, cana de açúcar, madeira e algodão.
Uma das principais diferenças versus os cálculos prévios é que dessa vez o Governo decidiu implementar uma alíquota de imposto maior p/ as exportações, o que deve ter impacto negativo para a SLC.
Há impacto sobre produtos agrícolas e também impacto indireto sobre o preço de terras, o que afeta a capacidade da empresa de gerar valor.
Lojas Americanas (LAME4)
A Lojas Americanas aumentou de R$ 650 milhões para R$ 1 bilhão a 13ª emissão debêntures, segundo comunicado. A companhia também aumentou para 100.000 o número de debêntures que serão ofertadas.
Estácio (ESTC3)
A Estácio aprovou a 5ª emissão de R$ 600 milhões em debêntures. A emissão de debêntures não conversíveis em ações será em até duas séries, segundo comunicado. A data de emissão é 15 de fevereiro de 2019. A 1ª série terá prazo de 3 anos e a 2ª série terá prazo de 5 anos.
A Estácio diz que usará os recursos no resgate antecipado obrigatório da totalidade das notas promissórias comerciais da 2ª emissão.
Bancos
Em relatório, o Itaú BBA destacou esperar que a temporada de resultados do quarto trimestre de 2018 reforce as principais tendências operacionais positivas para os bancos brasileiros.
“A aceleração no crescimento do crédito e a boa qualidade dos ativos devem justificar o forte desempenho das ações no início de 2019”, afirma a equipe de análise, que destaca ser provável que o Bradesco (BBDC3;BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) divulguem os melhores resultados da cobertura, enquanto a BB Seguridade (BBSE3) deverá ter mais um trimestre de “lucros medíocres”.
(Com Agência Estado)
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