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O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) trabalhará com outros definidores de padrões internacionais para determinar como as finanças descentralizas (DeFi) devem ser regulamentadas em diferentes jurisdições, afirmou a entidade em um relatório publicado nesta quinta-feira (16).
DeFi é o nome dado ao conjunto de serviços e produtos financeiros, como empréstimos, transferências e sistemas de pagamentos, que rodam em uma blockchain, espécie de banco de dados descentralizado e imutável. Via de regra, essas soluções não são controladas por intermediários, como bancos ou outras instituições financeiras.
Em dezembro, o FSB prometeu examinar mais de perto os riscos e vulnerabilidades específicos do setor DeFi, e propôs, em outubro, uma estrutura para a regulamentação internacional do mundo cripto. A versão final da estrutura regulatória cripto deverá ser publicada em julho.
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O FSB afirma que pretende estudar até que ponto suas recomendações para o setor cripto precisam ser aprimoradas para abordar os riscos específicos do DeFi, disse o relatório.
Em colaboração com outros definidores de padrões internacionais, o Conselho também planeja explorar como preencher lacunas de dados na medição e monitoramento da interconexão do DeFi com o financiamento tradicional.
“O DeFi não difere substancialmente das finanças tradicionais nas funções que desempenha ou nas vulnerabilidades às quais está exposto”, disse o FSB em um comunicado à imprensa.
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Reguladores de todo o mundo têm monitorado como o setor cripto está interligado com a economia real, à medida que empresas e bancos mergulharam na nova classe de ativos durante o boom cripto que começou em 2021.
Desde então, bilhões de dólares foram eliminados dos mercados de criptoativos e provocaram colapsos sucessivos de empresas do ramo, incluindo o projeto Terra/Luna, a plataforma de empréstimos Celsius Network e a exchange de criptomoedas FTX. Em meio à turbulência, reguladores se propuseram a estabelecer melhores salvaguardas para investidores de criptomoedas.
O FSB ainda estuda se vai criar novas regras para o setor, ou se irá apenas reforçar as normas já existentes aplicáveis à nova classe de ativos como meio de reduzir riscos da atividade.
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Segundo a entidade, suas descobertas até aqui mostram que as interligações entre DeFi, a economia real e as finanças tradicionais são limitadas, mas “se o ecossistema DeFi crescer significativamente, o escopo para transbordamentos aumentará”.
O órgão disse que realizará um trabalho adicional para analisar as implicações da tokenização de ativos, que, segundo ele, poderia aumentar os vínculos entre o mercado DeFi e a economia real.