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SÃO PAULO – Empresas do setor da construção civil lançaram uma cooperativa, denominada Cooperativa de Compras da Construção de São Paulo (Coopercon-SP), com o intuito de realizar aquisições coletivas de materiais, buscando obter reduções de preços em troca dos altos volumes. Com isso, o valor da unidade do imóvel irá cair para o consumidor.
De acordo com o vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Habitação), Sérgio Watanabe, é um pouco prematuro falar de percentual de redução de preços para o consumidor, já que isso também depende da concorrência. “Em tese, o cooperado consegue comprar mais barato e vai repassar para o consumidor, que terá uma diminuição de preços”, afirmou.
Arma contra inflação
Ainda segundo o vice-presidente, a idéia dessa cooperativa é ter uma condição de compra de material de construção melhor, tendo em vista o maior volume e, com isso, conseguir fazer frente à inflação. “É um grande avanço para manter o preço dos materiais”, afirmou.
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Para se ter uma idéia, o Custo Nacional da Construção Civil, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estística), teve alta de 6,08% no acumulado do ano passado, na comparação com mesmo o período de 2006. Outro indicador do IBGE, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial da inflação doméstica, marcou variação positiva de 4,46% no mesmo período analisado.
Iniciativa
Para o presidente do SindusCon-SP, João Cláudio Robusti, a iniciativa visa atender empresas de qualquer porte. “A cooperativa está se formando no momento em que alguns materiais de construção vêm sofrendo aumento de preços injustificáveis”, afirmou.
Pesquisa do próprio sindicato mostrou que, na comparação entre novembro e dezembro do ano passado, o concreto encareceu 9,18% e a janela de correr, 8,63%. Também tiveram alta significativa os preços da tábua de madeira (+5,34%) e da dobradiça em ferro polido (+4,85%).
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Além da aquisição de materiais e equipamentos, a Coopercon-SP poderá prestar serviços às construtoras, como logística de fornecimento de materiais, locação de máquinas, andaimes e equipamentos. “Não há limite para a atuação da cooperativa”, disse seu gerente-executivo, Robson Colamaria. É facultativo participar das compras, mesmo sendo membro da cooperativa.