Correios terão de fazer corte de gastos radical para evitar privatização, diz Kassab

O ministro se diz contrário à privatização e afirma que o governo está fazendo "todo o esforço" para evitar que isto aconteça 

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Em meio a uma grande crise financeira, os Correios estão cada vez mais próximos da privatização, segundo mostrou nesta terça-feira (28) o ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab. Durante evento no Palácio do Planalto, ele afirmou que a instituição estatal corre “contra o relógio” para evitar a privatização.

Kassab diz que a estatal necessita de um profundo corte de gastos para não ser privatizada. “Não há saída; é preciso fazer corte de gasto radical”, declarou. O ministro se diz contrário à privatização e afirma que o governo está fazendo “todo o esforço” para evitar que isto aconteça. “É uma constatação difícil. Sou contra a privatização, mas não há caminho”, declarou.

Embora seja contra a privatização, integral ou parcial, o ministro não descartou a adoção da medida, caso os Correios não consigam equacionar o rombo, que no ano passado ficou em torno de R$ 2 bilhões, mesma valor de 2015. “O rombo nos Correios é reflexo de má gestão, corrupção e loteamento”, acusou Kassab.

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Kassab deu as declarações depois de participar, no Palácio do Planalto, da cerimônia de sanção da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.