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O Credit Suisse anunciou nesta quarta-feira (23) que espera registar um prejuízo de 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,6 bilhão) no quarto trimestre de 2022 (4T22), após clientes retirarem recursos do banco, em meio à sua segunda revisão estratégica em menos de um ano, com o objetivo de simplificar seu modelo de negócios para se concentrar em sua divisão de gestão de patrimônio e no mercado doméstico suíço.
Por volta das 9h17 (horário de Brasília), os papéis do banco suíço recuavam 4,54%, cotados a 3,68 francos suíços.
Os planos de reestruturação incluem a venda de parte do grupo de produtos securitizados do banco para as casas de investimento norte-americanas PIMCO e Apollo Global Management, bem como uma redução do tamanho do seu banco de investimento em dificuldades por meio de um spin-off (cisão) dos mercados de capitais e da unidade de consultoria, que será renomeado como CS First Boston.
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A mudança visa transferir bilhões de dólares em ativos de baixo desempenho pelo banco de investimento para a gestão de patrimônio e divisões domésticas e reduzir os custos do grupo em US$ 2,5 bilhões, ou 15%, até 2025.
O banco suíço também projetou uma perda de aproximadamente 75 milhões de francos suíços com a venda de sua participação no Allfunds Group, que é listado em Amsterdã.
Além disso, acionistas do Credit Suisse aprovaram hoje (23) um aumento de capital de 4 bilhões de francos suíços (US$ 4,2 bilhões) para auxiliar no financiamento da sua enorme revisão estratégica.
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Os planos de levantamento de capital estão divididos em duas partes. A primeira, apoiada por 92% dos acionistas, concede ações a novos investidores, incluindo o Saudi National Bank (SNB), por meio de uma colocação privada. A nova oferta de ações fará com que o SNB passe a deter 9,9% do Credit Suisse, tornando-se o maior acionista da instituição financeira.