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Após ser negociado em relativa estabilidade durante todo o feriado de Martin Luther King, com bolsa fechada nos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) voltou a ganhar força no fim do dia de ontem e ultrapassou com mais confiança o patamar dos US$ 21 mil, marcando a recuperação completa da crise desencadeada pelo colapso da FTX, em novembro. Às 7h06 desta terça-feira (17), a criptomoeda é negociada em alta de 1,6%, a US$ 21.179.
“Vemos o principal fator por trás da alta de 20% do BTC na última semana o fato de que alguns temores macroeconômicos estão diminuindo com dados positivos nos EUA, incluindo estatísticas de inflação mais baixas, números fortes de crescimento do emprego na Europa, e a suspensão de restrições de fronteira na China”, avalia Bradley Duke, co-CEO da provedora de serviços de cripto ETP ETC Group. “Essa mudança de sentimento se refletiu no mercado futuro de BTC, com os traders apostando em posições compradas por quatro dias seguidos”.
A subida, que apagou US$ 500 milhões de contas de traders que operavam alavancados apostando na baixa, sustenta o valor de mercado das criptos acima de US$ 1 trilhão. Diante da mudança de sentimento, o Índice de Medo e Ganância do Bitcoin avança para 45, ainda no território do “medo”, porém mais de seis vezes maior do que em junho do ano passado.
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Além disso, foi de sete vezes a diferença da subida em termos percentuais do Bitcoin em relação ao índice de ações globais MSCI World e ao índice de commodities da Bloomberg na última semana. Segundo especialistas, a disparada da criptomoeda está ligada ao caráter mais volátil do ativo, mas também à grande quantidade de traders que apostavam em mais quedas pela frente.
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A distância entre o BTC e ativos tradicionais pode inclusive aumentar nesta terça, com uma possível sessão negativa em Wall Street. Mercados futuros dos EUA negociam no vermelho hoje enquanto investidores aguardam o início da temporada de resultados no país, na expectativa de pescar sinais sobre o nível de severidade de uma possível recessão norte-americana.
“Cresce em nossa tese de três partes sobre a adoção de ativos digitais a justaposição de uma crescente carga de dívida dos EUA contra uma queda na força de trabalho, que está ‘envelhecendo’”, aponta Mark Connors, chefe de pesquisa da gestora canadense de ativos digitais 3iQ. “Se não deixarmos a inflação cortar nossa dívida em termos reais e não conseguirmos crescer por causa dela, espere mais aumento [da inflação]”.
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Connors defende que o valor do Bitcoin está ligado à tese de alternativa à perda do poder de compra do dinheiro, portanto não é surpresa ver um aumento de preço do ativo em meio à perspectivas de mais dívidas do governo americano.
Por outro lado, o movimento de alta da criptomoeda também pode ser ameaçado pela temporada de resultados de empresas que tanto preocupa o investidor da bolsa. “A questão agora é se a temporada de resultados aumentará esse novo senso de esperança ou estragará a festa antes que ela realmente comece”, afirma Craig Erlam, analista da formadora de mercado de câmbio Oanda.
Para ele, apesar das notícias de demissões em massa, boa parte das corporações dos EUA relutou em demitir funcionários até aqui, o que contribuiu para dados mais fortes de emprego no país mesmo diante do enfraquecimento de certos indicadores econômicos e com a queda da inflação. “Uma temporada de resultados ruins pode minar as esperanças de um pouso suave que parece mais possível agora do que meses atrás”.
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Erlam ressalta que ainda não é possível cravar se a alta do Bitcoin se sustentará, mas que “claramente ainda existem alguns traders muito otimistas por aí. Isso deve resultar em algumas semanas interessantes”.
Para além do Bitcoin criptos menores também vêm atraindo traders e registrando fortes altas desde a semana passada. Em alta que vem de pelo menos cinco dias, ativos ligados ao conceito de metaverso são novamente destaque nesta terça: Gala (GALA), Decentraland (MANA) e The Sandbox (SAND) sobem 12,8%, 6,1% e 6,1%, respectivamente. Na semana, o token MANA é o que acumula os maiores ganhos, na casa dos 80%.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h06:
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| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Bitcoin (BTC) | US$ 21.179 | +1,60% |
| Ethereum (ETH) | US$ 1.566 | +1,40% |
| Binance Coin (BNB) | US$ 301 | +0,70% |
| XRP (XRP) | US$ 0,388342 | +0,50% |
| Cardano (ADA) | US$ 0,351697 | +0,30% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Gala (GALA) | US$ 0,053825 | +12,80% |
| Decentraland (MANA) | US$ 0,722687 | +6,10% |
| Frax Share (FXS) | US$ 9,25 | +6,00% |
| The Sandbox (SAND) | US$ 0,733545 | +5,90% |
| Curve DAO (CRV) | US$ 0,916719 | +4,40% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| GMX (GMX) | US$ 48,66 | -3,80% |
| Cronos (CRO) | US$ 0,078545 | -3,10% |
| Lido DAO (LIDO) | US$ 2,09 | -2,80% |
| Radix (XRD) | US$ 0,03989961 | -2,40% |
| Osmosis (OSMO) | US$ 0,842063 | -1,90% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
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| ETF | Preço | Variação |
| Hashdex NCI (HASH11) | R$ 19,00 | +7,95% |
| Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 25,01 | +7,06% |
| Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 23,40 | +7,93% |
| Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 18,95 | +8,65% |
| Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 14,16 | +17,70% |
| Hasdex Crypto Metaverse (META11) | R$ 32,80 | -0,60% |
| QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 6,71 | +9,46% |
| QR Ether (QETH11) | R$ 5,65 | +11,66% |
| QR DeFi (QDFI11) | R$ 3,33 | +14,82% |
| Cripto20 EMPCI (CRPT11) | R$ 5,40 | +8,21% |
| Investo NFTSCI (NFTS11) | R$ 15,70 | +1,94% |
| Investo BLOKCI (BLOK11) | R$ 75,83 | 0,00% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (17):
US$ 500 mi em BNB saem de circulação
A Binance concluiu na manhã desta terça a queima de mais de US$ 500 milhões em tokens BNB.
A medida, que já era programada, refere-se ao processo de exclusão permanente de moedas do mercado como meio de impulsionar o preço, de modo similar à recompra de ações por empresas de capital aberto.
Mais de 100 milhões de BNB, ou metade de sua oferta total, devem ser retirados de circulação por meio de queimas, deixando outros 100 milhões de BNB em circulação. O processo é realizado automaticamente a cada trimestre.
Segundo o projeto, a quantia a ser queimada obedece um protocolo automatizado e que opera de forma independente da Binance, criadora da rede BNB Chain.
Fundadores de hedge fund falido planejam nova exchange
Os cofundadores da Three Arrows Capital, Su Zhu e Kyle Davies, anunciaram parceria com Mark Lamb e Sudhu Arumugam, cofundadores da exchange cripto CoinFlex, que está passando por um processo de reestruturação
O quarteto divulgou ontem o levantamento de US$ 25 milhões para um processo de rebranding da CoinFlex, que se chamaria GTX.
Além de criptomoedas, a nova plataforma permitiria a negociação de dívidas junto a empresas falidas, como a FTX.
O Three Arrows Capital declarou falência em junho com uma dívida estimada em US$ 3,5 bilhões.
China registra primeira compra de títulos com yuan digital
O yuan digital (e-CNY), um token digital emitido pelo Banco da China, foi usado para comprar títulos pela primeira vez, de acordo com a imprensa local.
Agora, os investidores podem usar o e-CNY para comprar títulos usando o aplicativo Soochow Securities, informou o China Securities Journal, citando a empresa como fonte.
O desenvolvimento da moeda digital do banco central (CBDC) da China está mais avançado do que na maioria dos outros países.
Na semana passada, a China incluiu o e-CNY no relatório de circulação de dinheiro pela primeira vez, logo após liberar função de pagamentos offline no aplicativo estatal da moeda.
