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O Bitcoin (BTC) se comporta como ativo de risco e volta a acompanhar a queda generalizada nas bolsas após publicação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) ontem. O documento aponta que o banco central dos Estados Unidos está pronto para tomar medidas mais duras contra a inflação, aumentando as taxas de juros antes do esperado (em março, em vez de junho) e reduzindo a carteira de ativos do balanço.
Como consequência, os juros dos treasuries americanos fecharam a sessão em alta, pressionando ações e outros ativos de risco também sob a expectativa de menos dólares disponíveis no mercado para entrada no mercado financeiro. Após atingir US$ 42.500 ontem e ensaiar estabilização em US$ 43 mil, o Bitcoin inicia novo movimento de queda nesta manhã e é cotado a US$ 42.747, às 7h13. O recuo nas últimas 24 horas é de 9,2%.
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De ontem para hoje, contratos futuros de criptomoedas no valor de mais de US$ 812 milhões foram liquidados quando o Bitcoin perdeu o nível de suporte de US$ 46 mil, segundo dados da ferramenta de análise Coinglass. Com a forte queda, mais de 200 mil posições foram liquidadas. Mais de 87% dos US$ 800 milhões delas foram de posições compradas, que são contratos futuros em que os traders apostam na alta de preços.
As liquidações ocorrem quando uma bolsa fecha à força a posição alavancada de um trader como um mecanismo de segurança devido a uma perda parcial ou total da margem inicial do usuário. Isso acontece principalmente na negociação de futuros, que rastreia apenas os preços dos ativos, ao contrário da negociação à vista, em que os comerciantes possuem os ativos reais.
Criptomoedas alternativas, chamadas de altcoins, sofreram ainda mais que o Bitcoin após a publicação da ata do Fomc. Entre os ativos de maior valor de mercado, os piores resultados são do Ethereum (ETH), que recua 13,4% e de tokens de plataformas de contratos inteligentes similares ou rivais.
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Binance Coin (BNB) e Cardano (ADA) cedem 10%, Avalanche (AVAX) e Terra (LUNA) perdem cerca de 13%, e Solana (SOL), Polkadot (DOT) e Polygon (MATIC) chegam a operar na casa dos 14% negativos.
Considerando o ranking das 100 principais criptomoedas por valor de mercado, a situação é mais complicada para os ativos de finanças descentralizadas Spell Token (SPELL) e Celsius Network (CEL), que caem 22% em um dia. Já o token Loopring (LRC), que alimenta uma exchange descentralizada, recua outros 20%, seguido de perto por Axie Infinity (AXS) e Internet Computer (ICP), que vinha de alta ontem – ambos registram prejuízo de mais de 19%.
O movimento de baixa faz o mercado como um todo perder quase US$ 200 bilhões em capitalização nas últimas horas, voltando para o patamar de US$ 2,15 trilhões.
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Por ora, apenas a Safemoon (SAFEMOON), que passa por um processo de migração de tokens para uma nova versão, apresenta ganhos, com alta de 7,4% – na semana, a criptomoeda que chegou a ser acusada no passado de fazer parte de um golpe, já avança 63%.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h13:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 42.747,87 | -9,2% |
Ethereum (ETH) | US$ 3.335,30 | -13,4% |
Binance Coin (BNB) | US$ 463,04 | -10,3% |
Solana (SOL) | US$ 147,70 | -13,7% |
Cardano (ADA) | US$ 1,21 | -10,6% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
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Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Safemoon (SAFEMOON) | US$ 0,00000219 | +7,4% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Spell Token (SPELL) | US$ 0,01626114 | -22,7% |
Celsius Network (CEL) | US$ 3,12 | -22% |
Loopring (LRC) | US$ 1,68 | -20,1% |
Internet Computer (ICP) | US$ 29,00 | -19,9% |
Axie Infinity (AXS) | US$ 76,42 | -19,6% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 48,88 | -2,66% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 60,70 | -3,8% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 62,00 | -4,61% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 15,96 | -4,54% |
QR Ether (QETH11) | R$ 15,38 | -3,69% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (6):
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Aberto de tênis da Austrália lança NFTs e anuncia evento no Decentraland
O Aberto da Austrália é o primeiro torneio de tênis Grand Slam a entrar na onda dos NFTs e do metaverso. O evento anuncia nesta quinta-feira (6) uma coleção de 6.776 NFTs que correspondem a parcelas da quadra do torneio e aos últimos lances das 600 partidas, além de um evento virtual na plataforma Decentraland (MANA).
Compradores dos NFTs também receberão fotos, wearables virtuais e brindes do Aberto da Austrália. Quando o ponto da vitória transformado em NFT for de uma final, por exemplo, o dono receberá a bola física em uma caixa personalizada. Inicialmente, cada token custará 0,067 ETH (cerca de US$ 350) cada.
Já a festa no Decentraland ocorrerá durante todo o torneio, que começa em 17 de janeiro. Torcedores poderão competir por prêmios virtuais, entre outras atividades pensadas especificamente para o ambiente virtual. Ao CoinDesk, o líder do projeto, Ridley Plummer, garantiu que haverá outros eventos do tipo organizados pelo torneio.
Mineração do Bitcoin cai 12% por falta de Internet no Cazaquistão
A mineração do Bitcoin foi fortemente afetada no Cazaquistão, que concentra cerca de 18% do poder computacional dedicado à verificação de dados e à segurança da rede da criptomoeda.
O país ficou sem conexão à Internet após a maior empresa local de telecomunicações derrubar o sinal como uma tentativa de conter protestos contra o governo em meio à alta dos combustíveis.
Como consequência do apagão de Internet, a taxa de hash do BTC, o mais importante indicador de mineração de criptomoedas, caiu 12% em algumas horas.
A mineração de Bitcoin ficou popular no Cazaquistão após a repressão da China à indústria no ano passado. O ex-integrante da União Soviética foi o segundo país que mais atraiu mineradores, atrás apenas dos EUA, devido aos baixos custos de energia elétrica e o clima frio, que favorece a manutenção dos equipamentos destinados à atividade.
Embora em teoria seja possível minerar Bitcoin sem Internet, na prática todas as máquinas tiveram que ser desligadas por conta do corte nas comunicações no país.
20% das grandes empresas utilizarão moedas digitais até 2024, afirma Gartner
Um quinto (20%) das grandes empresas globais usará moedas digitais para realizar pagamentos até 2024, afirma um levantamento da consultoria Gartner. Segundo o relatório, as companhias usarão criptoativos como reserva de valor ou para criar garantias digitais para uso em longo prazo.
“O aumento da aceitação de criptomoedas em plataformas tradicionais de pagamento e a ascensão das moedas digitais vão incentivar várias das grandes empresas a incorporar este tipo de ativo em suas aplicações nos próximos anos”, diz Avivah Litan, vice-presidente da Gartner.
Segundo o executivo, as moedas digitais serão usadas principalmente para pagamentos, gestão de reserva de valor e para alavancar a capacidade de investimentos de alto rendimento no ambiente de finanças descentralizadas (DeFi).
Ainda de acordo com a Gartner, a adoção mais ampla de moedas digitais até 2024 será guiada, entre outros fatores, pelo ambiente saudável de fornecedores de serviço voltados para clientes empresariais. Segundo Levitan, a maioria das organizações deve desenvolver aplicações próprias de blockchain para acompanhar a tendência.
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