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SÃO PAULO – Diante do contágio da crise econômica em suas atividades e da falta de perspectivas no curto prazo, empresas de diversos setores e diferentes países anunciaram nesta segunda-feira (26) que vão demitir quase 100 mil de seus funcionários nos próximos dias.
O maior corte de trabalhadores será feito pela Caterpillar. O conglomerado que fabrica equipamento pesados informou em nota divulgada no início do dia que cortará nada menos que 20 mil empregos – equivalente a 18% de sua mão-de-obra – principalmente por causa da redução da demanda.
Ainda no setor industrial, mas agora no Japão, a agência de notícias local Jiji Press afirmou que as doze maiores montadoras do país planejam cortar um total de 25 mil empregos no atual ano fiscal, que termina em 31 de março, também para lidar com o declínio das vendas no setor.
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No mesmo sentido, a General Motors anunciou que vai cortar 2 mil postos de trabalho nas fábricas nos estados de Michigan e Ohio, além de reduzir a produção em outras nove montadoras nos próximos seis meses, devido à queda nas vendas.
Europa contribui para a onda de demissões…
Na Europa, por sua vez, a Philips, fabricante holandesa de produtos eletroeletrônicos, anunciou novos planos de corte de custos, incluindo a demissão de 6 mil funcionários em todo o mundo, após ter a primeira perda trimestral desde 2003, com prejuízo de € 1,47 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado.
Também no velho continente, a britânica Corus, segunda maior siderúrgica européia, disse que irá cortar 3,5 mil vagas, além das 500 demissões anunciadas anteriormente. No total, 9,5% da força de trabalho da empresa será dispensada. Com uma queda de 40% na demanda em relação ao pico de 2007, a companhia ainda irá estender o corte de 30% na produção até o segundo trimestre deste ano.
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Outros 7 mil empregos serão eliminados no holandês ING, que pretende reduzir as despesas em € 1 bilhão ao longo deste ano. O banco anunciou um prejuízo de € 3,3 bilhões no quarto trimestre de 2008, a troca de CEO (Chief Executive Officer) e uma ajuda oficial do governo local para cobrir perdas com ativos podres de sua carteira.
…assim como os Estados Unidos
De volta à maior economia do mundo, a empresa de telefonia Sprint Nextel informou que vai demitir 8 mil funcionários com a intenção de reduzir os custos com mão-de-obra em US$ 1,2 bilhão anuais. Segundo o comunicado, as vagas a serem eliminadas serão definidas “em todos os níveis da companhia e o impacto em localizações geográficas vai variar”.
Já a varejista Home Depot comunicou que irá fechar suas lojas Expo e reorganizar suas funções de apoio, medidas que levrão a um corte de 7 mil empregos, ou cerca de 2% de sua força de trabalho. “As atividades Expo não estão com bom desempenho financeiro e não devem tê-lo em qualquer ocasião próxima”, avaliou a companhia.
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Por último, mas por um motivo um pouco diferente, outros 19 mil trabalhadores das farmacêuticas Pfizer e Wyeth podem perder o emprego, como resultado da união das empresas. Os conselhos de ambas as companhias aprovaram nesta segunda-feira compra da Wyeth pela Pfizer em um negócio avaliado em US$ 68 bilhões.