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A CSN (CSNA3) confirmou nesta quarta-feira (9) que existem tratativas a respeito de uma eventual aquisição da Elizabeth Cimento. Mas ponderou que, até o momento, não há documento vinculante acerca de tal aquisição.
Mais cedo, o jornal Valor Econômico tinha informado que o empresário Benjamin Steinbruch, principal acionista e presidente da siderúrgica, estaria em negociações avançadas para compra da empresa, que tem fábrica no Estado da Paraíba.
A cimenteira pertence ao fundo Farallon e fez parte de uma transação com a Família Crispin a respeito de um aporte de capital no grupo Elizabeth em 2020. Na época, a Farallon pagou uma parte em dinheiro e assumiu as dívidas da subsidiária Elizabeth Cimento, em uma transação que movimentou cerca de R$ 1 bilhão, em um momento de recuperação do mercado de cimentos no Brasil.
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O valor do negócio pode variar de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões – pelo tamanho da unidade fabril, qualidade do ativo, mercado na região Nordeste e grau de concorrência, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal. Uma fábrica nova, de 1 milhão de toneladas de capacidade, custa pelo menos US$ 230 milhões.
Na avaliação do Morgan Stanley, a potencial aquisição está em linha com os planos estratégicos da CSN e deve ajudar a diversificar os ativos de cimento da empresa, dando acesso ao mercado da região Nordeste do Brasil. Os analistas seguem com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) para CSNA3, com preço-alvo de R$ 60.
A Levante Ideias de Investimentos lembra ainda que, recentemente, a CSN protocolou o IPO de sua divisão de cimentos na CVM, com pretensão de levantar recursos para expansão.
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A CSN Cimentos possui capacidade de produção de 4,7 milhões de toneladas anuais. Com a possível compra, a companhia ampliaria em cerca de 25% sua capacidade, além de iniciar as operações em uma região ainda sem atuação, com a participação no mercado de cimentos passando dos atuais 7,7% para quase 10% (segundo dados de 2020). Com os recursos do IPO, a CSN Cimentos pretende ampliar sua capacidade para 15,8 milhões de toneladas até 2028.
A divisão de cimentos da CSN possui no momento plantas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A Farallon afirma que caso as conversas não avancem rapidamente, abrirá um processo de concorrência pela Cimentos Elizabeth.
“A notícia pode ter efeitos limitados devido a incertezas sobre a definição do negócio, porém caso efetivado, pode gerar um efeito positivo nas ações da controladora CSN”, avaliam os analistas da Levante.
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Eles ressaltam ainda que o mercado de cimentos é dominado por poucas empresas no país, ainda mais depois de anos de queda de vendas, com a sobrevivência no mercado dos players mais relevantes, a exemplo da Votorantim (líder no segmento) que detém em torno de 30% da participação no mercado. “Com o bom momento do setor de construção civil e de commodities em geral, puxando o desempenho dos materiais de construção para cima, a CSN se aproveita da redução forte de alavancagem para colocar o pé no acelerador em um plano ambicioso de expansão”, destacam.
Para a Levante, a consolidação é um passo importante para o setor, dado que os produtores conseguem maior eficiência na produção, de modo a manter a capacidade de investimento mesmo em períodos de crise e baixa da demanda.
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