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A CSN (CSNA3) confirmou na manhã desta quarta-feira (22) a contratação de uma assessoria financeira para avaliar possível compra da Samarco, que está em recuperação judicial, segundo comunicado ao mercado.
A siderúrgica reitera que, no momento, não existe nenhum fato ou documento vinculante que mereça divulgação, mas confirma que contratou assessoria financeira para avaliar a situação, e as alternativas que eventualmente poderão se apresentar para aquisição de participação na Samarco Mineração.
A companhia siderúrgica disse que “sempre avalia oportunidades de investimento em linha com sua estratégia de negócio”.
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O comunicado foi um esclarecimento após veiculação de notícia na mídia. Segundo fonte ouvida pela Reuters, a CSN contratou a RK Partners para elaborar proposta de compra do controle da Samarco. A RK Partners estaria entrando em contato com os donos da Samarco, Vale (VALE3) e BHP, assim como com sindicatos e credores financeiros.
Após a divulgação de notícias sobre o interesse da CSN, Vale e BHP se manifestaram dizendo que a Samarco “não está à venda”. As acionistas da Samarco reafirmaram ainda o apoio ao plano de reestruturação da dívida da empresa protocolado pelos sindicatos de empregados da Samarco e outros credores em 18 de maio.
Na avaliação da Genial Investimentos, uma eventual aquisição da Samarco Mineração pela CSN seria positiva para a siderúrgica.
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Para analistas caso a CSN consiga, de fato, realizar uma proposta convincente tanto para os sócios da Samarco quanto para os credores e de um modo que haja uma resolução quanto ao plano da recuperação judicial, julgam a aquisição pela companhia como algo benéfico, incrementando significativamente os preços justos. A compra aumentaria tanto a quantidade produzida (até +30,5 Mt) quanto a qualidade do mix de produtos vendidos pela companhia, tendo em vista a grande produção de pelotas de maior pureza.
Após adicionar, a partir de 2023, o aumento de capacidade total da Samarco (assumindo 100%), analistas destacam que o incremento no preço-alvo para a CSN Mineração (CMIN3) seria em torno de R$ 9 por ação, devido ao fator quantidade (quase dobra) e ao fator qualidade (pelotas são de qualidade superior, negociadas geralmente com prêmio frente à referência de minério de ferro com 62% de teor de ferro).
Como a CSN detém 78,24% da CSN Mineração, o incremento para a holding é de cerca de R$ 7 por ação (cerca de 78,24% os R$ 9).
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(com Reuters)
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