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SÃO PAULO – A Petrobras não foi a única companhia listada na Bolsa a divulgar seu balanço do terceiro trimestre entre a noite de ontem e a manhã desta sexta-feira (13). Apesar do grande destaque para a estatal, outras 23 empresas também apresentaram seus números do período. Para conferir o resultado da Petrobras, clique aqui, os demais seguem abaixo:
CSN
A CSN (CSNA3) registrou prejuízo líquido de R$ 532,6 milhões no terceiro trimestre, mais do que o dobro do resultado negativo sofrido no mesmo período do ano passado.
A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 853 milhões para o período de julho a setembro, uma queda anual de 13%.
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BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) anunciou nesta quinta-feira lucro líquido ajustado de R$ 457 milhões no terceiro trimestre, alta de 27,9% ante um ano antes. Incluindo ganhos extraordinários relativos a participação no CME Group, a bolsa brasileira teve um lucro total de R$ 2 bilhões no período. Excluindo esse efeito, o lucro líquido sem ajustes foi de R$ 393,3 milhões, alta de 65% ante mesma etapa de 2014.
Com a venda de um quinto de sua fatia na CME, maior mercado de derivativos do mundo, a BM&FBovespa teve um ganho líquido de R$ 474,2 milhões. Além disso, ao deixar de usar o método de equivalência patrimonial que usava para calcular o valor investimento, teve outro resultado positivo de R$ 1,145 bilhão.
Operacionalmente, a BM&FBovespa teve um aumento ano a ano de 9,9% da receita líquida, a R$ 598,3 milhões, com impulso dos negócios com derivativos, em período altamente volátil do mercado. A receita do segmento BM&F subiu 34,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 306,8 milhões. Já a receita do segmento Bovespa caiu 15,8%, para R$ 221,9 milhões.
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As despesa ajustadas somaram R$ 163,6 milhões, aumento de 11,4% sobre mesma etapa de 2014. A companhia, que na semana passada anunciou o início de tratativas para possível fusão com a Cetip, reafirmou orçamentos anunciados previamente para investimentos de R$ 200 milhões a R$ 230 milhões para 2015 e de R$ 165 milhões a R$ 195 milhões para 2016.
Eletrobras
O prejuízo da Eletrobras (ELET3; ELET6) foi 45% maior no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado e somou R$ 4,01 bilhões, ante R$ 2,76 bilhões registrados entre julho e setembro de 2014. A receita líquida subiu 20% no trimestre, para R$ 7,9 bilhões.
O lucro da companhia foi impactado por provisões operacionais de R$ 4 bilhões, contra provisões de R$ 1,3 bilhões um ano antes, sendo que R$ 3,39 bilhões correspondem a redução no valor recuperável da usina de Angra 3.
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Lojas Americanas
A varejista Lojas Americanas (LAME4) teve lucro líquido ajustado de R$ 26,3 milhões no terceiro trimestre, queda de 60,9% na comparação anual. O resultado foi pressionado pelo aumento do CDI, disse à Reuters o diretor de Relações com Investidores da varejista, Murilo Correa. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 241,6 milhões, aumento anual de 48%.
A receita líquida consolidada da empresa foi 10,5% maior, a R$ 4,036 bilhões, com aumento de 9% das vendas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses). O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu 10,3% na mesma base, para R$ 526 milhões.
“Agora a gente parte para o quarto trimestre, o mais importante. Grande parte da geração de caixa vem deste período, até agora a gente continua muito otimista que o Natal vai gerar muitos frutos em termos de fechamento do ano”, disse Correa.
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B2W
O prejuízo da empresa do segmento digital B2W (BTOW3) dobrou no terceiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, para R$ 124,6 milhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida da companhia cresceu 13%, para R$ 2,08 bilhões. A empresa registrou prejuízo financeiro de R$ 205, 6 milhões, alta de 16,7% ante o terceiro trimestre de 2014. O resultado também foi afetado por um aumento nos custos e nas despesas gerais e administrativas.
Sabesp
Com forte impacto do resultado financeiro, a Sabesp (SBSP3) reportou um prejuízo de R$ 580 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 91,5 milhões no mesmo período do ano passado. Embora a receita líquida da empresa tenha apresentado um crescimento de 13%, para R$ 3,2 bilhões, a estatal paulista apresentou um resultado financeiro negativo em R$ 1,5 bilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 22%, para R$ 903,2 milhões. Os custos, despesas administrativas e comerciais subiram 2% no período, atingindo R$ 1,6 bilhão.
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MRV
A construtora e incorporadora MRV (MRVE3) viu seu lucro líquido subir 5,2% no terceiro trimestre na comparação anual, e trabalha sob expectativa de início da terceira fase do programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida. O lucro da companhia foi de R$ 142 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 135 milhões um ano antes. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para lucro de R$ 125,8 milhões.
Apesar do lucro maior, as vendas e produção da MRV caíram de julho a setembro. “O primeiro fator foi que lançamos muita coisa no final do trimestre e isso atrapalhou um pouco as vendas, o que atrapalha a receita”, disse à Reuters o co-presidente da companhia Rafael Menin.
No terceiro trimestre, a receita operacional líquida total subiu 6,3% ante 2014, mas caiu 7,8% em relação ao intervalo de abril a junho deste ano, ficando em R$ 1,205 bilhão. A empresa já havia divulgado em outubro que os lançamentos de imóveis pela MRV no terceiro trimestre subiram 13% na comparação anual, mas as vendas caíram quase 11% na mesma comparação, em meio a um ambiente de maior restrição de crédito pelos bancos.
De julho a setembro, as despesas comerciais da MRV subiram 22,9% sobre um ano antes, enquanto as despesas gerais e administrativas cresceram 13,6% no período. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 6,5% na mesma base de comparação, a R$ 171 milhões.
Cyrela
A incorporadora Cyrela Brazil Realty (CYRE3) informou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 131 milhões no terceiro trimestre, queda de 26,7% na comparação anual. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro líquido de R$ 124 milhões. No relatório, a companhia citou que enfrenta desafios como intensificar os esforços de venda e em novos lançamentos, enquanto implanta controle de custos e eficiência operacional.
A Cyrela também disse que a área de repasse está se adaptando para evitar que os clientes sofram cancelamento de unidades, incluindo iniciativas como financiamento direto com a Cyrela e migração para unidades menores.
Em outubro, a companhia afirmou que manteve a estratégia de reduzir estoques no trimestre, e seus lançamentos caíram 22% na comparação anual, enquanto as vendas subiram 1,7% no período.
Qualicorp
A companhia de planos de saúde Qualicorp (QUAL3) teve lucro líquido consolidado de R$ 63,9 milhões no terceiro trimestre, queda de 5,7% na comparação anual. “Nos trimestres anteriores, o resultado foi afetado positivamente por fatores extraordinários, como o reconhecimento de PIS/Cofins retroativo no terceiro trimestre de 2014 e o ganho de capital relativo à venda da Potencial, no segundo trimestre”, disse a Qualicorp.
A empresa também citou os efeitos negativos gerados pela atualização monetária sobre opção de compra de aquisições um ano antes. As despesas financeiras líquidas da Qualicorp caíram 68,3 por cento ano a ano, a 37,6 milhões de reais de julho a setembro. A receita líquida subiu 14,6% e fechou o trimestre em R$ 456,8 milhões, e o Ebitda cresceu 19,8%, a R$ 186,1 milhões
Even
A construtora e incorporadora Even (EVEN3) reportou lucro líquido de R$ 32,8 milhões atribuído aos sócios da empresa controladora no terceiro trimestre. Trata-se do valor base para o pagamento de dividendos e que representa uma queda de 60,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida da Even somou R$ 573,8 milhões no período, o que representa aumento de 14%. A margem bruta ajustada da empresa caiu 1,5 ponto percentual e ficou em 32%.
Light
A Light (LIGT3) reverteu prejuízo de R$ 53 milhões um ano antes e lucrou R$ 38,9 milhões neste terceiro trimestre, enquanto a receita líquida teve alta de 34%, de R$ 1,61 bilhão para R$ 2,25 bilhões.
Já o Ebitda teve alta de 57,8% na comparação trimestral, para R$ 406,8 milhões. A receita líquida consolidada no período, desconsiderando a receita de construção, foi de R$ 2,152 bilhões, apresentando crescimento de 36,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, explicado principalmente pelo reconhecimento tarifário dos custos com compra de energia.
Tecnisa
A Tecnisa (TCSA3) teve uma queda de 76% no seu lucro líquido no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. O resultado da empresa no período ficou em R$ 7,8 milhões. A receita operacional líquida da incorporadora caiu 1,3%, para R$ 377,5 milhões e a margem bruta ajustada da companhia ficou em 39,7%, alta de 1,5 ponto percentual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação de amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 73,8 milhões, o que representa uma queda de 21,8%.
CPFL
A CPFL Energia (CPFE3) reportou um lucro líquido de R$ 280 milhões no terceiro trimestre, o que representa avanço de 188,5% ante o mesmo período de 2014, principalmente devido a um menor custo com a compra de energia para compensar a menor geração de suas hidrelétricas devido à seca.
A elétrica teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,08 bilhão, com alta de 25,7% na comparação anual. “O resultado apresentou significativa melhora… fruto principalmente do menor GSF (nome técnico para custo com o déficit hídrico)”, afirmou, em nota anexa ao balanço, o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr.
O executivo citou também, como fatores positivos para os ganhos, menos efeitos não-recorrentes no trimestre e “muitas iniciativas de controle de perdas e inadimplência”. A receita operacional bruta da companhia, que controla oito distribuidoras de energia e possui 3,1 gigawatts em usinas de geração, somou R$ 8,39 bilhões, com alta de 56% ante o terceiro trimestre de 2014.
Ser Educacional
A Ser Educacional (SEER3) viu seu lucro líquido cair para R$ 24,2 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 57,7 milhões um ano antes, sob impacto do aumento das despesas financeiras e aumento da evasão. A empresa encerrou o trimestre com 122 mil alunos de graduação presencial matriculados, 39,1% a mais que um ano antes. Ao final de setembro, foram matriculados 14,6 mil novos alunos de graduação, aumento anual de 12,4%.
No terceiro trimestre, a companhia teve evasão de 20.502 alunos na graduação presencial. A expectativa é que os números ainda permaneçam altos no próximo trimestre, mas a partir do primeiro trimestre do ano que vem devem se normalizar, enquanto a companhia realiza ações como controle de frequência, notas e inadimplência, disse o diretor-presidente, Jânyo Diniz. A maior parte dos estudantes que desistiram foram aqueles que não tiveram acesso ao Fies ou ao Pravaler, modalidade privada de crédito estudantil.
O preço médio da Ser era de R$ 650 ao final de setembro, ante R$ 553 um ano antes.
Fertilizantes Heringer
A Fertilizantes Heringer (FHER3), uma das principais produtoras de fertilizantes do país, informou há pouco que teve no 3º trimestre, encerrado em 30 de setembro, um prejuízo líquido de R$ 209,5 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia havia registrado um lucro líquido de R$ 219 mil.
O resultado foi negativamente impactado por uma variação cambial de R$ 671 milhões. Nos nove meses do ano, a empresa acumulou um prejuízo líquido de R$ 389 milhões, potencializado por uma variação cambial negativa de R$ 1,038 bilhão.
Eztec
A Eztec (EZTC3) registrou um lucro líquido 16% menor no terceiro trimestre frente o mesmo período de 2014, somando R$ 104,7 milhões, enquanto a receita líquida caiu 20%, para para R$ 184,8 milhões.
A margem bruta, por sua vez, caiu de 54% no terceiro trimestre do ano passado, para 49,1% este ano., oriunda do positivo da venda da torre A do EZTowers na base de comparação do terceiro trimestre do ano passado, e dos descontos que passaram a ser concedidos. A margem líquida, por sua vez, passou de 54,1% para 56,7%.
Restoque
A Restoque (LLIS3), dona das marcas Le Lis Blanc, Bo.Bô, John John, Rosa Chá e Dudalina, reverteu lucro de R$ 27,7 milhões do terceiro trimestre de 2014 em um prejuízo líquido de R$ 22,5 milhões no terceiro trimestre deste ano. A receita líquida de vendas caiu 6,5% e somou R$ 283,2 milhões.
O Ebitda teve queda de 45,6%, para R$ 43,8 milhões, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas da companhia combinada subiram 10,5% para R$ 117 milhões. A dívida líquida, por sua vez, passou de R$ 447,5 milhões para R$ 778,9 milhões, boa parte devido a empréstimos para financiar a compra da Dudalina.
Brasil Brokers
A Brasil Brokers (BBRK3) teve um prejuízo de R$ 104 milhões no terceiro trimestre ante lucro de R$ 6,67 milhões no mesmo período do ano passado, enquanto a receita líquida caiu 44%, para R$ 44 milhões. O Ebitda ficou negativo em R$ 9 milhões, revertendo o dado positivo de R$ 14,9 milhões de 2014.
As vendas contratadas de imóveis caíram 47,8%, para R$ 1,67 bilhão, enquanto os lançamentos caíram 71%, a R$ 1,46 bilhão e as vendas encolheram 44%, para R$ 1,28 bilhão.
Helbor
A Helbor (HBOR3) viu seu lucro líquido cair 59,7% entre julho e setembro deste ano na comparação com 2014, somando R$ 21 milhões. Já a receita caiu 14,7%, totalizando R$ 350,5 milhões.
A margem bruta da companhia caiu de 34% para 27,1%, e a margem bruta ajustada registrou baixa de 40,6% para 36,1%.
Brasil Insurance
A Brasil Insurance (BRIN3) registrou, ao excluir os itens não-recorrentes que impactaram o resultado, um lucro líquido de R$ 7,1 milhões, 49,6% abaixo do mesmo trimestre do ano anterior.
A receita líquida atingiu R$ 49,1 milhões no período, queda de 15,9%, impactada na comparação anual pela saída das corretoras TGL, ISM, Ben’s e Fidelle e por um menor nível de crescimento nas subsidiárias com receitas inferiores a R$ 1,0 milhão.
As despesas operacionais totalizaram R$ 54,5 milhões, aumento de 5,9% quando comparadas a julho a setembro do ano passado. Tal linha foi impactada negativamente por uma maior Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) e Impairment. Se expurgar os efeitos não recorrentes (Impairment e Alienação de Investimentos), as despesas operacionais somariam R$ 42,9 milhões, 16,5% abaixo do terceiro trimestre do ano passado.
Vanguarda Agro
A Vanguarda Agro (VAGR3) aumentou seu prejuízo líquido de R$ 53,88 milhões para R$ 86,28 milhões, impactada pela variação cambial e baixas com devolução recente de arrendamento de terras. A empresa informou ter contabilizado uma variação cambial negativa de R$ 50,5 milhões no período, dos quais R$ 41,4 milhões sem efeito caixa. Houve ainda uma baixa contábil, também sefeito caixa, de R$ 45,9 milhões referentes a investimentos feitos nos arrendamentos devolvidos e ainda não amortizados, e outra baixa do ágio dos arrendamentos devolvidos, no valor de R$ 9,1 milhões.
Já a receita líquida subiu 138,6% no terceiro trimestre, para R$ 144,14 milhões. O Ebitdaf cou negativo em R$ 23,29 milhões, ante dado negativo de R$ 28,99 milhões no nesno trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ficou negativa em 16,2%, ante dado negativo em 48% ano passado.
GP Investimentos
A GP Investimentos (GPIV33), gestora de fundos que investe em private equity, teve prejuízo líquido de US$ 86,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante prejuízo de US$ 36,4 milhões apresentado um ano antes, em meio à depreciação do real.
As taxas de administração dos fundos foram de US$ 7 milhões e as despesas da gestora foram de US$ 6,6 milhões. O patrimônio líquido da GP fechou o trimestre em US$ 364,9 milhões.
Com Reuters
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