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A Cyrela (CYRE3) informou nesta manhã de quinta-feira (13) a prévia de seus resultados operacionais do terceiro trimestre de 2022 (3T22), que foram considerados sólidos e acima das expectativas. Por volta das 10h22, as ações ordinária da construtora recuavam 2,14%, a R$ 18,27, acompanhando a queda generalizada do índice Ibovespa após a divulgação de dados de inflação nos EUA.
As vendas líquidas contratadas neste trimestre somaram R$ 2,286 bilhões, cifra 67% maior do que o registrado no 3T21 (R$ 1,366 bilhão) e 41% acima do 2T22 (R$ 1,622 bilhões).
A participação da Cyrela nas vendas contratadas foi de 79% no 3T22, inferior aos 91% do mesmo trimestre do ano anterior e abaixo do 2T22 (86%).
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Nos nove primeiros meses de 2022, as vendas contratadas atingiram R$ 5,220 bilhões, sendo 32% superior ao mesmo período de 2021. No ano a participação da Cyrela foi de 84% versus 88% em 2021.
Das vendas líquidas realizadas no trimestre, R$ 76 milhões se refere à venda de estoque pronto (3%), R$ 1 bilhão à venda de estoque em construção (44%) e R$ 1,210 bilhões à venda de lançamentos (53%). Dessa forma, a Cyrela atingiu uma velocidade de vendas (VSO) de lançamentos de 41,3% no trimestre.
O indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses foi de 44,3%, ficando abaixo do VSO 12 meses apresentado no mesmo trimestre do ano anterior (49,6%) e acima do VSO apresentado no 2T22 (43,2%).
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A construtora lançou 14 empreendimentos no trimestre totalizando um volume de R$ 2,928 bilhões, 33% superior ao realizado no 3T21 (R$ 2,200 bilhões) e 26% acima do 2T22 (R$ 2,326 bilhões).
A participação da companhia nos lançamentos do trimestre atingiu 73%, sendo inferior à apresentada no 3T21 (90%) e no 2T22 (78%). Do VGV lançado no trimestre, 76% serão reconhecidos via consolidação e 24% via método de equivalência patrimonial.
No ano, o VGV de lançamentos atingiu R$ 6,292 bilhões, sendo 38% maior que em 2021.
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O Credit Suisse comentou que, apesar te der revisado para cima os números da Cyrela em seu último relatório, a empresa conseguiu superar as expectativas do banco e do mercado para os dados operacionais do terceiro trimestre.
Com lançamentos e vendas ganhando força significativamente, o banco suíço reitera sua visão de que a empresa não reduzirá as operações este ano (projeção de lançamentos de R$ 6,1 bilhões para 2022), o que sugere riscos de alta para estimativas de consenso. “Considerando o forte pipeline de projetos a serem lançados e o sucesso da Cyrela no posicionamento de seus projetos (não há descontos concedidos), esperamos que a tendência positiva dos resultados continue”, destacam analistas.
Desta forma, Credit Suisse reitera classificação outperform (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 21, um potencial de valorização de 12,5% frente a cotação de fechamento de terça-feira (11) de R$ 18,67.
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Para Bradesco BBI, a Cyrela apresentou números sólidos, pois a construtora acelerou os lançamentos e manteve uma boa velocidade de vendas no trimestre. Também enxerga a Cyrela com “maior flexibilidade para continuar entregando um forte volume de lançamentos devido ao seu grande banco de terrenos”, acrescenta o banco.
Do lado negativo, JPMorgan apontou que as vendas de estoque concluído permanecem fracas em R$ 76 milhões versus R$ 68 milhões em 2T22 e R$ 195 milhões no 3T21 e comparando que o estoque concluído era de cerca de R$ 1,1 bilhão ao final do 2T22.