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SÃO PAULO – Estamos em constante transformação. Pode parecer um tanto clichê, mas esta afirmação volta à mente quando o assunto é o cenário corporativo. Isso fica ainda mais evidente na matéria divulgada pelo Wall Street Journal, destacando as alterações envolvendo as 25 empresas com maior valor de mercado do mundo em 1999 e 2009.
Na passagem desses dez anos, apenas 8 companhias permaneceram entre as mais valiosas do planeta: a britânica BP (British Petroleum) e as norte-americanas Microsoft, IBM, GE (General Eletric), Exxon Mobil, AT&T Inc., Procter & Gamble e Wal-Mart. O posto de empresa mais bem avaliada também mudou, passando da Microsoft para a Exxon Mobil. Vale destacar que, em 1999, o mercado estava em plena formação da bolha .com, fator que influi no valor de mercado de companhias como a Microsoft à época.
Houve também alteração no valor total das empresas listadas. A soma dos valores das 25 companhias recuou 20% na passagem de 1999 para 2009, reflexo principalmente da forte crise financeira que abalou os mercados ao longo deste ano.
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Energéticas ocupam posto das techs
A troca de uma tech por uma energética na posição de empresa mais bem avaliada do planeta ilustra muito bem a transformação vista ao longo desses anos. Em 1999, as companhias tecnológicas eram maioria neste ranking, tendo 13 representantes do setor. No entanto, caminhando para o final deste ano, esse número caiu para 6.
Por outro lado, as empresas de matérias-primas, como mineradoras e petrolíferas, passaram a ter 7 representantes entre as empresas mais valiosas do mundo, contra apenas 2 em 1999. Além de Exxon Mobil e BP, que já figuravam no ranking, Chevron, Royal Dutch Shell, PetroChina, BHP Billiton e Petrobras completam as empresas do setor.
Outro segmento que mostrou um aumento na participação foi o financeiro. Em 1999, Citigroup e AIG eram as únicas empresas do setor. Neste ano nenhuma das duas figuram no top 25. Contudo, cinco novas instituições ingressaram na lista: Berkshire Hathaway, JPMorgan, HSBC, China Construction Bank e Industrial and Commercial Bank of China.
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Saem desenvolvidos, entram emergentes
Analisando as novas companhias do ranking, percebemos um forte fluxo de representantes dos países emergentes. Ao todo, cinco empresas de países subdesenvolvidos estão na lista feita pelo Wall Street Journal – contra nenhuma em 1999. Além da Petrobras e das três companhias chinesas já mencionadas anteriormente, a China Mobile completa os representantes do terceiro mundo.
Contudo, para a entrada delas, algumas empresas do bloco dos países ricos tiveram que ser retiradas. Com isso, o Japão, que tinha em 1999 a Nippon Telegraph & Telephone dentre as mais caras do mundo, hoje não tem nenhuma empresa na lista.
MUDANÇAS NO RANKING | de 1999… | …para 2009 |
Líder do ranking |
Microsoft
(US$ 602,4 bilhões) |
Exxon Mobil
(US$ 322,8 bilhões) |
Setor com maior número de empresas no ranking |
Tecnologia
(13 empresas) |
Energético
(7 empresas) |
Total de empresas
norte-americanas no ranking |
19 empresas | 14 empresas |
Total de empresas de economias
emergentes no ranking |
0 empresas | 5 empresas |
Já os Estados Unidos ainda possuem o maior número de representantes no ranking, totalizando 14 empresas. Contudo, a participação diminuiu em comparação a dez anos atrás, quando detinha 19 companhias dentre as 25 mais bem avaliadas.
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Nem tudo mudou
Apesar de não serem mais a maioria na lista, a matéria do The Wall Street Journal mostra que as empresas tecnológicas não deixaram de ser destaque ao longo desses dez anos.
Se em 1999 a Microsoft liderava o ranking das mais valiosas tendo à frente como CEO (Chief Executive Officer) o visionário Bill Gates, o Google ganhou destaque nesta década, criando a ferramenta de busca pela internet que ficou mundialmente famosa e é líder de mercado até os dias de hoje.
Ainda dentre as techs, Steve Jobs também merece ser lembrado. O co-fundador e CEO da Apple revolucionou o mercado de computadores com novos designs e formatos, ganhando espaço e notoriedade no segmento por sua capacidade de inovação.
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Mesmo num período de intensas transformações, um dado estatístico insiste em manter-se inalterado. Assim como em 1999, 100% dos CEOs das 25 empresas listadas no ranking são homens.
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