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SÃO PAULO – O setor de petróleo brasileiro não tem sido fontes de boas notícias ultimamente, mas a última semana trouxe um certo alívio, afirma o blog Beyond Brics, do Financial Times, que destaca maior positividade com o Brasil em meio aos eventos que ocorreram recentemente.
Dentre eles, está o 11º leilão da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que teve um recorde de arrecadação de R$ 2,8 bilhões, além do levantamento de US$ 11 bilhões pela Petrobras (PETR3;PETR4) no mercado externo.
Neste cenário, o Financial Times afirma: “o Brasil, ao que parece, ainda é uma oportunidade muito boa para ser perdida”. Isso porque, mesmo ainda com algumas interferências governamentais, a burocracia pesada e a regulação ambiental bastante difícil, o País está “sentado em uma das maiores reservas de petróleo do mundo” e ainda é ostensivamente aberto ao investimento estrangeiro e respeitoso frente aos contratos. O mesmo não pode ser dito de outros grandes países produtores de petróleo, como a Nigéria e a Venezuela.
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Talvez a melhor prova disso, aponta o blog, seja a decisão da Chevron de pagar R$ 31,4 milhões para participar em um dos blocos no leilão da ANP, mesmo com tantas pendências judiciais que a ompanhia de petróleo dos EUA tem enfrentado. Nos últimos dois anos, a empresa já acumula R$ 40 bilhões de processos no Brasil devido a dois vazamentos de óleo, e alguns de seus funcionários podem até ser presos devido aos derramamentos.
Já com relação à emissão de dívida pela Petrobras, o FT destaca que, mesmo com a companhia enfrentando desafios operacionais e uma política do setor em que o governo intervem bastante, a publicação ressalta que não há alocação melhor de investimento para quem busca rendimentos altos com risco relativamente baixo. “Mesmo que o governo do Brasil possa empurrar Petrobras ao ponto de ruptura, deixá-la à beira de um colapso é impensável”.
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