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A terceira semana de julho será de decisões. As atenções se voltam à Europa, onde o Banco Central Europeu (BCE) fará sua reunião de política monetária na próxima quinta-feira (21). A expectativa é que os juros na União Europeia sejam elevados pela primeira vez em 11 anos. De acordo com pesquisa da Reuters, com 63 economistas, o BCE deve subir a taxa em 25 pontos base. Mas o mercado acredita que o autoridade monetária poderia ser ainda mais agressiva. Na mesma pesquisa, os economistas disseram que os juros europeus deveriam ser elevados em 50 pontos base. A inflação na zona do euro deve atingir 7,6% em 2022, segundo projeções da Comissão Europeia. Na terça-feira (19), sai o índice de preços ao consumidor do bloco econômico – a média das projeções do mercado aponta para uma alta mensal de 0,8%.
A quinta-feira também será decisiva para os europeus por outro motivo: é quando deve ser concluída a manutenção do gasoduto Nord Stream 1. Há dúvidas se a Rússia retomará o fornecimento de gás após a parada técnica, já que o país tem sofrido com uma série de sanções desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro. O risco de um racionamento tem pressionado não só as Bolsas europeias como também o próprio euro, que chegou a ficar mais barato que o dólar na semana passada. Isso não acontecia há 20 anos.
Ainda na Europa, o Reino Unido vai divulgar sua taxa de desemprego na próxima terça-feira (19), o índice de preços ao consumidor na quarta (20) e vendas no varejo, na sexta-feira (22). No mesmo dia, o Banco Central da Rússia também tomará uma decisão sobre a taxa de juros do país, atualmente em 9,5% – mesmo nível em que estava antes do início da guerra na Ucrânia.
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Nos Estados Unidos, depois dos dados de inflação piores que o esperado, divulgados na semana passada, a atenção do investidor se volta à temporada de balanços corporativos. JP Morgan, Morgan Stanley e Wells Fargo já divulgaram seus números do segundo trimestre e apresentaram um desempenho pior que o esperado. Nesta segunda-feira (18), é a vez de Goldman Sachs e Bank Of America e na sexta (22) saem os resultados de American Express.
Mas os números mais aguardados da semana são os das empresas de tecnologia. Netflix da o pontapé inicial na temporada de balanço das big techs, divulgando seus números na terça-feira (19). A própria empresa prevê ter perdido 2 milhões de assinantes no segundo trimestre de 2022. Analistas consultados pela FactSet esperam lucro por ação de US$ 2,96 e receitas de US$ 8,03 bilhões.
Na quarta-feira (20), sai o balanço da Tesla, de Elon Musk. A fabricante de carros eletrônicos continua enfrentando problemas de falta de componentes vindos da China, por conta dos recentes lockdowns no país. No entanto, os analistas consultados pela FactSet preveem uma alta no lucro por ação (US$ 1,86) e nas receitas (US$ 16,6 bilhões).
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Balanços são destaque também no Brasil
A agenda brasileira de indicadores está praticamente esvaziada nesta semana e o Congresso entra em recesso após promulgar a PEC dos Auxílios. Assim como nos Estados Unidos, o destaque também é o calendário corporativo. Por aqui, a temporada de balanços ainda está engatinhando e na quarta-feira (20), a Weg (WEGE3) vai divulgar os números do segundo trimestre.
Depois dos números operacionais de shoppings e construtoras, agora chegou a vez das blue chips apresentarem suas prévias. Na terça-feira, saem os números de produção da Vale (VALE3) no segundo trimestre. O Citi prevê estabilidade para minério de ferro, em 76 milhões de toneladas. Com isso, a produção no primeiro semestre deve somar 140 milhões de toneladas, 4 milhões a menos que o registrado no mesmo período do ano passado. Na quinta-feira saem os números de produção e vendas da Petrobras (PETR3;PETR4).
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