Depois de explosão no FMI, autoridades interceptam 8 “cartas-bomba” destinadas a instituições financeiras da Europa

Um integrante do governo grego que pediu para não ser identificado disse não ver a situação como "grande problema" e que os explosivos estavam na categoria de "fogos de artifício"

Mário Braga

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SÃO PAULO – Autoridades da Grécia interceptaram oito pacotes com explosivos que estavam endereçados a diversas instituições e companhias europeias envolvidas nas negociações de “socorro” à crise da dívida do país, que se arrastou pelos últimos anos.

Este é o terceiro incidente do tipo no continente em menos de uma semana. Na última quinta-feira (16), uma “carta-bomba” explodiu na sede do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Paris, deixando uma funcionária ferida. Antes disso, um pacote com explosivos foi localizado no prédio do ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble.

Segundo o portal CNBC. a polícia grega não quis revelar a identidade dos destinatários. O jornal Financial Times, no entanto, cita que entre os alvos estão Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, Pierre Moscovici, o comissário da União Europeia para assuntos econômicos, e integrantes do BCE (Banco Central Europeu).

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Todos tiveram algum papel nas negociações da crise fiscal grega, que resultou na adoção de medidas de ajuste fiscal, como mudanças na concessão de aposentadorias e de aumento de arrecadação de impostos pelo governo.

O grupo grego “Conspiração Células de Fogo” reivindicou autoria sobre os incidentes envolvendo pacotes explosivos na última. A Comissão Europeia não quis comentar os incidentes. Um integrante do governo grego que pediu para não ser identificado disse não ver a situação como “grande problema” e que os explosivos estavam na categoria de “fogos de artifício”.

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