Depois de robô preconceituoso, Microsoft cria tecnologia que se recusa a reconhecer Hitler

O reconhecimento facial do novo robô da companhia nem olha para as fotos de Adolf Hitler

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A nova ferramenta de inteligência artificial da Microsoft, um robô capaz de dizer os elementos presentes em fotografias, se recusa a reconhecer a existência de Adolf Hitler.

Chamado CaptionBot, o experimento é mais uma das apostas da companhia em inteligência virtual: é possível subir fotos no aplicativo que, usando linguagem coloquial, dirá tudo o que vê em cada imagem. A não ser quando se trata de uma fotografia de Adolf Hitler.

O Business Insider disse que testou diversas fotos célebres do ditador, e com elas recebeu a mensagem de erro do robô: “eu não estou me sentindo muito bem agora. Tente de novo em breve?”.

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Poderia ser um erro comum, mas o site também afirma que em momento algum fotos com conteúdo “normal” passaram por isso – o que leva a crer que é um bloqueio intencional.

Também não é a mesma mensagem que o robô passa nas tentativas de ler conteúdo pornográfico: “acho que isso pode ser conteúdo inapropriado, então não mostrarei”.

Não é a primeira vez que um robô da Microsoft apresenta comportamentos “estranhos”.

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No mês passado, a companhia lançou a Tay, um robô que deveria aprender a linguagem de jovens usuários da internet e criar seus próprios conteúdos em um Twitter, tornando-se cada vez mais “inteligente”. Foi um desastre e, posteriormente, deletado.

Pouco tempo depois do lançamento, Tay mostrou-se uma máquina de reproduzir discursos racistas, misóginos e preconceituosos – resultado de inúmeros “trolls”. Ela chegou, por exemplo, a negar o holocausto e apoiar o genocídio:

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney