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Chega a dez o total de empresas interessadas nas usinas hidrelétricas Santo Antônio do Jari, Cachoeira Caldeirão e Mascarenhas, da EDP Brasil (ENBR3), que colocou todo seu portfólio de geração hídrica à venda para dar prioridade à geração solar, segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast.
Segundo analistas, faz sentido a EDP Brasil vender suas hidrelétricas, uma vez que sua prioridade no País será a geração distribuída e a transmissão de energia. “É muito difícil construir hidrelétricas no Estado de São Paulo”, afirma o analista da Mirae Asset Fernando Bresciani. “A AES está investindo em energia alternativa no Nordeste, em eólica principalmente. Comprar uma hidrelétrica pronta faz todo sentido para ela e para a Cesp.”
Bresciani diz que a venda das hidrelétricas da EDP deverá ter ágio, pois a disputa será grande, já que os empreendimentos estão instalados em regiões estratégicas. As usinas, localizadas no Pará e no Espírito Santo, têm capacidade instalada somada de 800 megawatts (MW).
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Analista de elétricas na Genial Investimentos, Vitor Sousa afirma que a Cesp é uma boa candidata a se tornar a compradora, por ter dívida baixa e ser geradora de caixa líquido. Segundo ele, a AES Brasil não tem tanto espaço no balanço para fazer esse tipo de compra.
Para Sousa, quando se olha para esse tipo de investimento, o capital estrangeiro sai na frente em detrimento do nacional. “Os chineses, por exemplo, compram infraestrutura – e caro – no Brasil.”
Eneva, AES Brasil e Votorantim Energia teriam feito proposta pelos ativos, segundo o jornal Valor Econômico. A AES Brasil afirmou que não fez oferta pela EDP. Já Eneva e Votorantim Energia não confirmam nem negam interesse. Em nota, a Eneva afirmou que “está sempre atenta às oportunidades de mercado que façam sentido à sua estratégia”. A Votorantim Energia disse que “não irá se pronunciar sobre a negociação”.
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