Direcional (DIRR3) começa 2023 com números sólidos, impulsionados por vendas líquidas robustas

Vendas contratadas atingiram recorde histórico para um primeiro trimestre, com forte desempenho tanto da Direcional quanto da Riva

Felipe Moreira

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A construtora Direcional (DIRR3) divulgou na noite da última segunda-feira (10) sua prévia operacional do primeiro trimestre de 2023 (1T23), com números considerados sólidos  por analistas de mercado.

“As vendas contratadas atingiram recorde histórico para um primeiro trimestre, com forte desempenho tanto da Direcional quanto da operação da Riva, levando a velocidade de vendas para 17% (de 15% no 4T22)”, destacam o Itaú BBA, em relatório.

O time de análise da XP Investimentos também avaliou como positivos os dados operacionais da construtora no 1T23, “impulsionados principalmente pelas vendas líquidas recordes (100%) para um primeiro trimestre (+29,2% na base anual e +15,7% na base trimestral), levando a velocidade vendas (VSO) consolidada para 17% (+2 pontos percentuais na base anual) e reforçando o bom momento da demanda para o segmento de baixa renda”.

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Além disso, analistas da XP destacam o robusto crescimento das vendas líquidas da Riva (+36,7% na base anual), apesar do cenário desafiador para o segmento de média renda. Por fim, os lançamentos ficaram estáveis (+2% na base anual), embora esperemos ver a Direcional acelerando os lançamentos a partir do 2T23.

Na mesma linha que BBA e XP, o Credit Suisse classificou a prévia operacional da Direcional como um conjunto de números fortes e destacou que a construtora bateu seu próprio recorde de vendas líquidas para um primeiro trimestre.

Segundo Credit Suisse, a empresa conseguiu aumentar a velocidade de vendas consolidada, devido ao bom momento do segmento de baixa renda, que teve uma participação mais relevante no mix da construtora.

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“Além disso, destacamos que 100% dos lançamentos do trimestre não tiveram parceria, o que deve alavancar o resultado com a redução das despesas dos minoritários, uma vez que essas unidades são contabilizadas no resultado”, comentam analistas do Credit Suisse.

O Bradesco BBI pontua que após um 4T22 repleto de eventos pontuais, como a Copa do Mundo da FIFA e a eleição presidencial do Brasil, que impactaram negativamente o desempenho operacional da empresa, a Direcional conseguiu entregar um bom resultado operacional no 1T23 por meio de crescimento robusto nas vendas contratadas.

Para o futuro, a equipe de research do BBI espera que o segmento Minha Casa Minha Vida (MCMV) continue sendo mais relevante no mix de lançamentos ao longo de 2023 devido às perspectivas mais cautelosas em relação ao segmento de médio e alto padrão.

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Dentre as instituições financeiras consultadas apenas Goldman Sachs não divulgou uma avaliação positivas dos dados operacionais da Direcional.

Para o banco americano, a prévia operacional foi neutra, pois apesar das vendas terem apresentado um aumento material de +17%/27% em comparação com o trimestre anterior e o mesmo trimestre do ano anterior, elas ficaram 5% abaixo de suas expectativas. O Goldman Sachs manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 16.

Por outro lado, a XP Investimentos reiterou sua visão construtiva para a Direcional, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 22,00 por ação. Itaú BBA, Credit Suisse e Bradesco BBI mantiveram avaliação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de, respectivamente, R$ 20, R$ 21 e R$ 24.