Petrobras (PETR4): investimentos em eólicas offshore não devem impactar dividendos no curto prazo, diz BBA

Estatal protocolou pedido no Ibama para iniciar processo de licenciamento de dez áreas no mar para projetos de energia eólica offshore

Felipe Moreira

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A Petrobras protocolou nesta quarta-feira (13) um pedido junto ao Ibama para iniciar o processo de licenciamento de dez áreas no mar brasileiro para o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore, com potencial de até 23 gigawatts (GW) de capacidade total.

Junto com a petroleira nesta empreitada está a WEG (WEGE3), que firmou parceria estratégica com a Petrobras para o desenvolvimento de aerogeradores onshore, com um investimentos de R$ 130 milhões nos próximos 25 meses.

O anúncio com a WEG se soma aos estudos para uma parceria com a Equinor (14,5 GW de capacidade), conferindo à estatal o maior potencial de geração de energia eólica offshore do Brasil em capacidade protocolada no Ibama.

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PETR4: distribuição de dividendos

De acordo com o Itaú BBA, os projetos estão em fase inicial e ainda deverão passar por diversas análises de viabilidade técnico econômica e ambiental antes de estarem maduros o suficiente para serem considerados internamente uma proposta concreta de investimento e serem incluídos no plano estratégico da Petrobras.

Sendo assim, analistas acreditam que é improvável que esses projetos eólicos sejam incluídos no próximo plano estratégico (2024-2028), reforçando a expectativa de que não haja grandes alterações no novo plano da empresa a ser anunciado em novembro.

Por fim, apesar das preocupações de alguns investidores em relação ao anúncio, o BBA reitera que esse compromisso de investimento não se concretizará em breve e, portanto, não afetará o potencial da empresa para pagar dividendos no curto prazo.

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O BBA mantém recomendação equivalente à neutro para ações preferenciais da Petrobras e preço alvo de R$ 27.