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Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar engatou trajetória de baixa ante o real nesta terça-feira, movimento aprofundado à medida que cresciam as expectativas de vitória da candidata democrata Hillary Clinton nas eleições presidenciais norte-americanas.
Às 15:35, o dólar recuava 0,89 por cento, a 3,1760 reais na venda, depois de bater 3,1721 reais na mínima da sessão e, na máxima, 3,2154 reais. O dólar futuro cedia cerca de 0,8 por cento.
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“Começaram a surgir rumores durante a tarde de que a Hillary estaria ampliando sua vantagem sobre Trump. O mercado se entusiasmou e isso se refletiu nos ativos”, comentou um operador da mesa de câmbio de um banco nacional.
A aposta dos agentes financeiros é de que Hillary sairá vitoriosa nas eleições à Casa Branca, deixando para trás o republicano Donald Trump, considerado imprevisível e radical. O resultado das eleições será conhecido na madrugada de quarta-feira.
Pesquisa do Projeto Estados da Nação, da Reuter/Ipsos, divulgada maios cedo calculou que Hillary tinha cerca de 90 por cento de chances de derrotar Trump. A ex-secretária de Estado tinha vantagem de 45 por cento, ante 42 por cento de Trump no voto popular, e estava a caminho de obter 303 votos no Colégio Eleitoral, chegando aos 270 necessários para a vitória.
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Os mercados financeiros no exterior também mostravam mais otimismo, com as bolsas norte-americanas ampliando as altas e o dólar caindo diante outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Até o meio desta tarde, o mercado de câmbio no Brasil havia operado em modo cautela, à espera do resultado das eleições, o que levou a moeda norte-americana a demorar a engatar uma tendência.
Nos últimos três pregões, o dólar fechou em baixa, acumulando recuo de 1,13 por cento e voltando à casa de 3,20 reais, já se ajustando à provável vitória de Hillary.
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O Banco Central brasileiro vendeu nesta manhã o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.