Dólar perde força, mas segue em alta após novo leilão de compra do Banco Central

Atuação no câmbio da autoridade monetária não reforçou tendência de valorização da divisa norte-americana

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SÃO PAULO – O dólar comercial segue operando no campo positivo, cotado a R$ 1,5860 na venda, alta de 0,63%. Nesta terça-feira (3), a agenda de indicadores econômicos é fraca e os investidores ficam atentos aos movimentos do Governo no mercado de câmbio e ao exterior.

O Banco Central segue com a sua rotina de atuações no câmbio e já realizou leilão de compra da moeda norte-americana no mercado à vista nesta sessão. A operação da autoridade monetária aconteceu entre 12h09 e 12h14, e teve taxa de corte de R$ 1,5895.

Mercados internacionais
Há poucos instantes, o euro seguia trajetória contrária àquela registrada por aqui e marcava valorização de 0,47% em relação ao dólar, cotado a US$ 1,4888. Ao mesmo tempo, a divisa norte-americana perde espaço ao iene, com queda de 0,34%, cotado a ¥ 80,97.

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A expectativa, entretanto, era que a alta do dólar ante ao real fosse acompanhada por movimento semelhante frente outras moedas. Os analistas da Lerosa Investimentos afirmam que nesta sessão “é esperada uma alta da cotação do Dólar, acompanhando a tendência externa”

O mercado ainda repercute a notícia da morte do terrorista Osama bin Laden, com aumento da percepção do risco por conta das ameaças de retaliação feitas por grupos extremistas. Segundo o economista Jason Vieira, da Cruzeiro do Sul Apregoa Corretora, “a morte de bin Laden pode elevar a volatilidade no ambiente de negociação devido às possíveis tentativas de vingança”.

Indicadores
A agenda de indicadores desta sessão é fraca, e no âmbito doméstico tem como principais destaques a inflação de abril medida pelo IPC-Fipe, que foi de 0,70%, e a produção industrial, que avançou 0,5% em março passado.

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No exterior, chama a atenção a inflação ao produtor na Europa, que ficaram acima das expectativas e poderiam influenciar a cotação do Euro. “Os dados de inflação acima do esperado na região do Euro não foram suficientes para conter a queda do Euro e poderemos observar essa tendência durante boa parte da sessão”, afirmam os analitas da Lerosa.

Nos EUA, o principal destaque da agenda de indicadores fica por conta dos dados sobre os pedidos feitos à indústria, que em março avançaram 3,0%, acima das expectativas dos analistas, que apontavam alta de 1,8%.

Dólar futuro na BM&F também opera em alta
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em junho é cotado a R$ 1.594, forte alta de 0,95% em relação ao fechamento de R$ 1.579 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em julho, por sua vez, opera em forte alta de 0,88%, atingindo R$ 1.599 frente a R$ 1.585 do fechamento de segunda-feira. 

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