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SÃO PAULO – Após o dólar se distanciar do patamar de R$ 3,50 nas últimas semanas com a “briga” do Banco Central para evitar que a moeda tenha forte desvalorização, a divisa voltou mais uma vez perder este patamar após dias sem atuação da autoridade monetária no mercado.
Porém, tão logo o dólar perdeu este nível nesta quinta-feira (28), levou o BC a anunciar um novo leilão de swap reverso, de até 20.000 contratos para esta sexta-feira (29). Além disso, também será realizado um leilão de linha de até US$ 2 bilhões. Nesta sessão, a moeda norte-americana caiu 0,76%, a R$ 3,4959 na compra e R$ 3,4976 na venda.
A autoridade monetária ficou de fora do mercado de câmbio pela quarta sessão seguida. Já havia reduzido o ritmo de intervenção desde a semana passada, depois de entrar intensamente por meio de leilões de swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares.
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A cena externa também ajudou a empurrar o dólar para baixo nesta sessão. Na véspera, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa de juros e mostrou cautela sobre possível elevação.
A leitura de que o Fed não tem pressa em elevar os juros favorece mercados emergentes, como o Brasil. Neste contexto, o dólar caía frente a moedas de países como México e a uma cesta de moedas. Ainda no exterior, o banco central do Japão decidiu não expandir o estímulo monetário e manteve a taxa de juros em -0,1%, movimento que levou à forte queda do dólar frente ao iene.
“Como ficou mais parada a questão de impeachment (contra a presidente), voltam a prevalecer as notícias externas”, disse o operador de câmbio da Intercam Corretora Glauber Romano.
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Os investidores aguardavam ainda desdobramentos políticos no Brasil, à espera de mais nomes da equipe econômica que deve formar o eventual governo de Michel Temer, caso o impeachment da presidente Dilma seja confirmado. Temer já afirmou que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles deve ser o ministro da Fazenda.
“O mercado já tem em mente que o processo de impeachment vai avançar, mas vai ficar aguardando novidades”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Com Reuters
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