Dólar recua pelo segundo dia seguido e fecha a semana com desvalorização de 2,7%

Disputa para formação da Ptax e instabilidade internacional colaboraram para o dia volátil nos mercados; BaCen compra dólares

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – Em dia de forte volatilidade, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (28) com queda de 0,77%, sendo cotado na venda a R$ 1,81. Indicadores divergentes nos EUA e corte do rating espanhol, somados ainda com a disputa entre comprados e vendidos na formação da Ptax, colaboraram para o clima instável nos mercados.

Com a queda vista nesta sessão, a moeda norte-americana acumulou nessa semana uma variação negativa de 2,74%.

Por aqui, além das disputas entre comprados e vendidos para a formação da Ptax de junho na próxima segunda-feira (31), os movimentos do mercado cambial retrataram também a nova intervenção do Banco Central, que realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A operação ocorreu entre as 15h28 e as 15h38 (horário de Brasília), tendo uma taxa de corte aceita em R$ 1,8245.

Continua depois da publicidade

Espanha e EUA
O principal destaque no noticiário internacional fica por conta da decisão da Fitch Ratings, que rebaixou o rating da Espanha de AAA para AA+. Segundo a agência de classificação de risco, os encargos da dívida do país provavelmente pesarão sobre seu crescimento econômico. A perspectiva para a nova classificação é estável.

Já nos EUA, a agenda movimentada trouxe o PCE (Personal Consumption Expenditures), que registrou alta de 0,1% em abril, em linha com o esperado. Um pouco acima das projeções, a confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan marcou 73,6 pontos em maio. No entanto, o Chicago PMI, que mede a atividade industrial da região, ficou levemente abaixo das expectativas para o quinto mês do ano ao atingir 59,7 pontos.

Brasil e a crise europeia
Após Meirelles afirmar na véspera que a crise fiscal instaurada nos países da Zona do Euro provavelmente afete as exportações brasileiras, foi a vez do presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, tocar na mesma tecla nesta sexta-feira.

Continua depois da publicidade

Assim como o presidente do Banco Central, Coutinho prevê impactos negativos nas vendas do Brasil para o velho continente – mercado responsável por quase um terço das exportações do País. “A crise na Europa é preocupante”, salientou o presidente do BNDES, embora acredite que, comparando com o resto do mundo, os efeitos por aqui serão menores.

Dólar a R$ 1,81
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,8080 na compra e R$ 1,8100 na venda, forte baixa de 0,77% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta queda, o dólar acumula valorização de 4,14% em maio, frente à baixa de 2,41% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 3,95%.

Dólar futuro na BM&F também fechou em queda
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em junho  encerrou o dia cotado a R$ 1.81, forte baixa em relação ao fechamento de R$ 1.828 da última quinta-feira. O contrato com vencimento em julho, por sua vez, fechou em forte baixa, atingindo R$ 1.822 frente à R$ 1.842 do fechamento de ontem. 

Continua depois da publicidade

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,8217000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 1,47 para julho de 2010, 0,15 ponto percentual acima do que foi registrado na sessão anterior.

XP

Invista até R$ 80 mil no novo CDB 150% do CDI da XP; condição inédita.

Abra a sua conta gratuita na XP para aproveitar