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(ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (21) que está considerando o pedido de reconhecimento das áreas separatistas da Ucrânia após solicitação pública dos líderes de Donetsk e Lugansk.
Recentemente, após a Duma (o Parlamento baixo russo) fazer o mesmo pedido ao Kremlin, o próprio mandatário reconheceu que a medida seria uma violação dos Acordos de Minsk, firmados em 2015 entre ucranianos e russos sob intermediação de Alemanha e França.
No entanto, coincidentemente ou não, a decisão dos parlamentares russos ocorreu no mesmo momento em que combates na área do Donbass voltaram a se intensificar após quase sete anos de poucos incidentes.
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As trocas de acusações de violações do acordo de cessar-fogo chegam às centenas desde o fim da semana passada e mais de 61 mil pessoas já fugiram das duas áreas com destino a cidades russas para escapar de um possível novo grande conflito.
Segundo Putin, esse possível reconhecimento vai “depender de acordo com o desenvolvimento da situação” no Donbass. Ainda conforme o presidente russo, “Kiev já conduziu operações punitivas contra a área e parece que está programando outra”.
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“Os últimos desenvolvimentos mostram que as autoridades ucranianas não têm nenhuma intenção de implementar os Acordos de Minsk”, acusou ainda Putin.
Desde que foram assinados, os documentos nunca foram colocados plenamente em prática por Moscou ou Kiev. A única coisa que foi implementada de fato foi o cessar-fogo, mesmo que incidentes pontuais tenham sido registrados.
Entre outros pontos, os russos se comprometeram a não mais treinar e enviar equipamentos militares para os rebeldes pró-Rússia e os ucranianos deveriam passar uma legislação para reconhecer Donetsk e Lugansk como regiões autônomas. Mas, ninguém cumpriu sua parte. Os ocidentais afirmam que a situação no Donbass pode ser um pretexto dos russos para lançar um ataque contra toda a Ucrânia. Moscou nega a afirmação.
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Paz e Otan
Putin ainda afirmou que o processo de paz entre Ucrânia e Rússia “não tem perspectivas” e que a possível adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentará as “ameaças” contra a Rússia “dramaticamente”.
Além disso, o presidente russo afirmou que recebeu garantias dos norte-americanos de que é “possível uma moratória sobre a entrada” de Kiev na Aliança.
Por outro lado, os norte-americanos voltaram a falar – assim como ocorre desde dezembro – que um “ataque extremamente violento contra a Ucrânia é possível nos próximos dias ou horas”. (ANSA).
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