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(ANSA) – Os eleitores das regiões do Vêneto e da Lombardia, duas das mais ricas da Itália, votaram favoravelmente a uma maior autonomia em relação ao governo central do país neste domingo (22).
De acordo com os dados divulgados na madrugada desta segunda-feira (23) pelo Conselho Regional do Vêneto, o “sim” venceu com 98,1% dos votos – 1,98% votaram “não. Ao todo, 2.328.949 pessoas foram às urnas, o que equivale a 57,2% dos eleitores aptos na região.
Já a Lombardia ainda não divulgou os dados oficiais e finais, mas o voto por mais autonomia também foi maioria. Até o momento, com pouco mais de 91% das urnas apuradas, 95,38% votaram “sim” e 3,9% “não”. A afluência foi de 39%.
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As duas regiões vizinhas convocaram o plebiscito, que não tem caráter vinculante, ou seja, não entra em vigor imediatamente, para obter mais autonomia fiscal. Ele não tem caráter separatista como aquele que ocorreu, recentemente, na Catalunha, na Espanha.
Ambas são governadas pelo partido de extrema-direita Liga Norte através de Roberto Maroni, na região lombarda, e por Luca Zaia, no Vêneto.
Após a sua “vitória”, Zaia afirmou que o plebiscito “não é uma palhaçada”, mas uma “indicação importante dada por mais de dois milhões de pessoas”. “Eu acho que esse plebiscito se tornará endêmico. Nós somos pela abertura também do ponto de vista jurídico e técnico. Penso que essa situação endêmica deverá ir de norte a sul porque a autonomia é uma verdadeira tomada de responsabilidade”, disse o governador.
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Por sua vez, Maroni afirmou que não “está competindo” com Zaia e que agora será a “hora de unir forças para travar a batalha do século”. Agora, as duas regiões iniciarão debates com o governo de Roma em temas que incluem a própria coordenação das finanças públicas e tributárias, além de assuntos relacionados ao trabalho, energia, infraestrutura e proteção civil.
Também podem ser incluídos debates sobre uma maior autonomia judiciária. Atualmente, cinco regiões italianas têm estatutos especiais: Friuli-Veneza Giulia, Sardenha, Sicília, Trentino-Alto Ádige e Vale de Aosta. (ANSA)