É hora de manter a cautela? analistas mostram predileção por ações mais defensivas

Ambev, Cemig, OHL, Brasil Foods e Pão de Açúcar estão na lista das preferências em carteiras de recomendações para junho

Nara Faria

Publicidade

SÃO PAULO – O clima de aversão ao risco ainda fortalecido pelas incertezas quanto à capacidade de recuperação da crise na Zona do Euro, aliado aos últimos números sobre a atividade econômica divulgados pelo mundo, levaram os analistas a mostrarem preferência por ações historicamente reconhecidas como mais defensivas, com maior previsibilidade de fluxo de caixa e com expectativa de maior crescimento estrutural.

Uma das companhias que tem ganhado mais destaque nas carteiras recomendadas pelas corretoras no mês é a Ambev (AMBV4), que aparece entre as preferências dos analistas da Geral Investimentos por ser uma companhia que tira proveito do viés inflacionário de alta para o ano e do aumento da renda disponível.

Além disso, a perspectiva de que o custo cresça abaixo da inflação e de que a recente apreciação do dólar no curto prazo não deve impactar a empresa devido à sua estratégia de hedge, contribui para que os analistas mostrem preferência pela companhia.

Continua depois da publicidade

Cemig se destaca entre as elétricas
Outra companhia que vem aparecendo entre as preferência dos analistas é a Cemig (CMIG4), visto a condição do setor em que faz parte, que é reconhecidamente mais defensivo.  A equipe de análise da Rico Corretora lembra que recentemente a empresa divulgou o guidance para os próximos anos, destacando entre os números a expectativa na redução de custo média de R$ 100 milhões ao ano, entre 2013 e 2015, chegando a R$ 300 milhões em 2015.

O histórico de bom pagador de divividendos também  contribui para a sua predileção, comparada às demais companhias do setor.

Empresas de consumo também ganham espaço
Diante de um cenário de incertezas no front externo, outras ações mais ligadas ao consumo doméstico ainda tem ganhado a preferência entre os analista.  Apesar de o mercado mostrar receios quanto à expectativa de fraco crescimento do PIB (Produto Interbo Bruto) do País, os números ainda sólidos do mercado de trabalho e as expectativas de maior crédito contribuem para manter as perspectivas favoráveis para algumas empresas ligadas ao cenário interno.

Continua depois da publicidade

Entre elas, as ações da Brasil Foods (BRFS3) continuam sendo uma das apostas do HSBC. “Continuamos a esperar a extração de sinergias da BRF e a expansão de sua plataforma internacional de produtos processados e que a empresa seja beneficiada pela concorrência menos intensa dos produtores de aves americanos e de perspectivas sólidas para sua incursão na Argentina”, destacam os analistas do banco.

No mesmo sentido, o banco decidiu não só por manter, mas por elevar a exposição ao Pão de Açúcar (PCAR4), acreditando que a empresa deve registrar números sólido, uma vez que remodelagens de formatos de lojas de alimentos devem compensar os seus esforços e incrementar as margens.

OHL Brasil
Sólido desempenho com elevação da tarifa média dos pedágios e excelentes perspectivas dos negócios relacionados à infraestrutura no Brasil foram também os adjetivos destacados pela Gradual Investimentos para justificar a recomendação das ações da OHL Brasil  (OHLB3), outra companhia que aparece entre as recomendações em portfólios para o mês de junho e que possui as suas atividades ligadas ao consumo interno.

Continua depois da publicidade

Os analistas da corretora destacaram ainda em relatório, as perspectivas dos negócios relacionados à infraestrutura no País. “Devemos considerar a característica de yields de suas ações, principalmente em um momento de queda da taxa de juros”, completa.

As preferidas nos setores de shopping center e construção
Em um cenário de grande estabilidade entre as companhias do setor de costrução civil, algumas se destacam na preferência dos analistas. É o caso da EzTec (EZTC3), que possui margens elevadas e acima da média do setor, na visão da equipe de análise da Rico Corretora.  “Com o resultado apresentado, a empresa continua mostrando solidez nas margens e rentabilidade na operação. Além disso, conta com um colchão de liquidez, algo raro entre as empresas do setor”, concluem os analistas.

Empresas de shopping centers também ganham notoriedade. A Multiplan (MULT3), por exemplo, mesmo após a valorização acumulada de mais de 20% no ano, mantem na visão da  Planner Corretora a atratividade entre as companhias que operam no setor de shopping centers. “Os fundamentos da empresa empresa permanecem altamente favoráveis, sendo um destaque dentro do setor de shopping centers no Brasil. A ação é nossa preferida dentro do setor”, destacam os analistas.

Continua depois da publicidade

No mesmo setor, a BR Malls (BRML3) é vista como atrativa no setor neste setor, na avaliação da Rico Corretora. A corretora justifica que no primeiro trimestre de 2012 a companhia mostrou bom resultado mesma considerando a sazonalidade.

XP

Invista até R$ 80 mil no novo CDB 150% do CDI da XP; condição inédita.

Abra a sua conta gratuita na XP para aproveitar