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SÃO PAULO – Os ventos contrários continuam soprando sobre a economia global, que só deve seguir o caminho da recuperação econômica sustentável com o retorno da confiança aos mercados. A opinião é da economista do Société Générale, Michala Marcussen, e aparece em relatório de revisão de perspectivas para a economia mundial.
“Vemos sinais de luz no fim do túnel, mas a estrada de volta à confiança será longa e com muitas reviravoltas”, escreve a economista, no documento.
Comparado com a projeção anterior, o banco fez pequenos ajustes em baixa nas perspectivas para Ásia e Europa, refletindo principalmente o efeito negativo da crise da dívida na Zona do Euro. “Mantemos nossa previsão de que os formuladores de política podem e vão fazer escolhas que impedirão uma ruptura da região – um evento com probabilidade muito baixa de acontecer”, avalia Michala.
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Para formular suas perspectivas, o banco francês leva em conta cinco premissas principais:
1) a abordagem política na Europa continuará sendo “improvisada” ao longo de 2013, mas isso só aumentará a confiança do mercado gradualmente;
2) o BCE (Banco Central Europeu) não entregará todos os cheques em branco e seu apoio estará associado a uma condicionalidade que garanta o cumprimento por parte dos países com problemas das políticas orçamentais e estruturais adequadas;
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3) dois terços do “abismo fiscal” dos EUA vão expirar, o que exercerá uma pressão de 1,4 ponto percentual sobre a economia do país em 2013;
4) a China evitará um pouso forçado, mas a mudança para um novo modelo de recuperação terá uma perspectiva de crescimento estruturalmente mais fraca;
5) a alta da inflação não deve chegar ao consumidor final, o que permitirá que os bancos centrais de todo o mundo mantenham suas posturas políticas excepcionamente acomodatícias.