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Em alta de cerca de 85% de suas ações no acumulado do ano (até o fechamento da véspera), a Ecorodovias (ECOR3) mostrou com o seu resultado do segundo trimestre de 2023 (2T23) os motivos para otimismo do mercado com os ativos. As ações abriram em baixa na sessão desta terça-feira (1), com desvalorização que chegou a 3,65% (R$ 7,91), mas logo passou a ter ganhos. Na sessão, os papéis fecharam em alta de 1,58%, a R$ 8,34.
O grupo de logística focado em concessões rodoviárias divulgou números considerados positivos por analistas de mercado, com lucro líquido de R$ 123,7 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo prejuízo líquido de R$ 13,1 milhões de igual período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 918,,2 milhões, alta anual de 98,3%. Isso levou a uma elevação da margem Ebitda ajustada de 11 p.p. (pontos percentuais), para 71,6%.
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Conforme destaca o Itaú BBA, novamente, a combinação de bons números de tráfego rodoviário com elevação das tarifas dos pedágios e boa gestão dos ativos recém adicionados ao portfólio da companhia levaram a bons resultados, devendo dar continuidade ao rali da ação.
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“Combinado ao bom momento operacional da empresa, destacamos também o perfil alavancado do grupo, que torna a ação uma excelente opção para os investidores buscando papéis que devem se beneficiar com a queda dos juros no Brasil”, aponta, reforçando assim recomendação de “compra” para ECOR3, com preço-alvo de R$ 9,50 ao fim de 2024, ou potencial de alta de 16% frente o fechamento da véspera.
Entre os destaques do 2º trimestre, estiveram, melhoria de 37% do tráfego de veículos na base anual e de 11% em relação ao trimestre anterior. O avanço substancial reflete a adição de novas rodovias ao portfólio do grupo ao longo do último ano e a melhoria do tráfego de passageiros devido a boas condições climáticas ao longo do segundo trimestre.
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Também houve crescimento de 25% em base anual nas tarifas médias, beneficiando-se de diversos reajustes tarifários nas rodovias da companhia nos últimos meses e pela adição das rodovias Ecovias do Araguaia, EcoRioMinas e EcoNoroeste. Com isso, a receita líquida atingiu R$ 1,3 bilhão, melhora de 68% na comparação anual.
O endividamento da companhia (medido pela relação entre a dívida descontada pelo caixa e o lucro operacional) ficou estável em 3,9 vezes.
O Bradesco BBI destacou o Ebitda ajustado, em linha com as projeções do banco, mas 8% acima do consenso de mercado.
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“Após a publicação dos resultados, mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12,00 por papel ECOR3 (upside de 46%) ao final de 2023”, destacou o banco.
Além disso, atualizou o modelo para incorporar os resultados do 2T23 e reiterou a ação como principal recomendação no setor de Transportes, com base: (i) na ação estar sendo negociada a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) alavancada atraente de 13%; (ii) na EcoRodovias continuar expandindo seu portfólio com rentabilidade; (iii) no risco de overhang (excesso de ações no mercado) tendo um impacto limitado no desempenho das ações; (iv) nos preços mais baixos de commodities, que reduzem o risco de estouro de orçamento nos projetos; e (v) na empresa se beneficiando da queda das taxas de juro.
A XP, por outro lado, ainda que apontando que os resultados foram positivos, conforme esperado, manteve recomendação neutra para o papel. Do lado negativo, destacam-se os níveis de alavancagem ainda elevados, refletindo o atual perfil elevado de capex da companhia (em linha com o 1T23).