EDP Brasil (ENBR3) fará baixa contábil de R$ 1,2 bilhão relacionada à usina térmica de Pecém

Impairment foi em função do cancelamento do leilão de reserva de capacidade na modalidade de potência que estava previsto para acontecer no final de 2022

Felipe Moreira

(Divulgação EDP Energia)
(Divulgação EDP Energia)

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A EDP Energias do Brasil (ENBR3) informou nesta quinta-feira (26) que reconhecerá uma redução do valor contábil de ativos (impairment) de R$ 1,2 bilhão devido ao cancelamento do leilão de reserva de capacidade na modalidade de potência que estava previsto para acontecer no final de 2022, que levou à perda da janela mais adequada para renovação dos contratos da subsidiária Porto do Pecém Geração de Energia.

A elétrica disse que, apesar desse fato, não haverá impactos em sua geração de caixa prevista até julho de 2027, no pagamento de dívidas ou obrigações financeiras (covenants), e no atendimento de sua política de dividendos.

A empresa destacou ainda que 2022 foi o primeiro ano em que a usina poderia participar desse leilão e que, por isso, considerou estas premissas no teste de imparidade.

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“Vários cenários foram analisados, dentre os quais a probabilidade de haver ou não novos leilões e seus respectivos impactos”, disse.

A Pecém é uma usina térmica movida a carvão mineral, com capacidade instalada de 720 megawatts (MW), com contratos de energia por disponibilidade vigentes até julho de 2027 e autorização para geração até janeiro de 2044.

“A companhia registrou um desempenho operacional muito positivo no ano de 2022 com disponibilidade média de 98%, a maior desde sua entrada em operação, resultando em um resultado econômico positivo com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) nos primeiros nove meses de 2022 de R$ 446 milhões”, diz comunicado.