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O registro de volatilidade no preço spot da energia – tecnicamente conhecido como preço de liquidação das diferenças (PLD) – a partir do fim de setembro, em meio à onda de calor no País, provocou um aumento nos preços de energia para contratos de suprimento ao longo dos próximos anos, comentou nesta quarta-feira, 8, o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras (ELET3;ELET6), Eduardo Haiama.
De acordo com ele, o preço da energia subiu cerca de 20% para os próximos três anos, e apresentou uma elevação um pouco menos em 2027, refletindo uma reprecificação tendo em vista a volatilidade “que não estava sendo precificada”.
“Havia expectativa de mercado de PLD mínimo este ano, 2024 e talvez 2025”, disse durante videconferência com analistas e investidores. Ele apresentou um gráfico que mostra o marco de 25 de setembro, quando houve uma forte oscilação do PLD diário no intraday, após o qual os preços futuros de energia passaram a se valorizar. Na visão de Haiama, isso mostra que, apesar da sobreoferta, “o sistema, dada característica atual, está bem mais volátil”.
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Durante a teleconferência, o presidente da companhia, Ivan Monteiro, disse que, a despeito dos crescentes volumes de energia descontratada, por causa da descotização das usinas, a companhia não teme o cenário de preços baixos. Ele salientou que a perspectiva é de crescimento da carteira de clientes, que já chegou a 250, ante os cerca de 30 de um ano atras. E comentou que a companhia mantém discussões consumidores das áreas de siderurgia, papel e celulose e mineração.
Haiama reforçou que a companhia está paulatinamente recontratando energia descotizada, e salientou que a recontratação será feita “com parcimônia, não temos pressa”.