Em busca da carteira perfeita? Veja as 10 ações prediletas do mercado

Vale, Petrobras e Itaú continuam a liderar recomendações em setembro; Randon é a small cap mais recomendada

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Decidir quais ações entram em sua carteira é um dos principais dilemas de cada investidor. Para solucionar essa situação, várias corretoras e bancos recomendam papéis de acordo com sua percepção para a economia e desempenho para esses ativos, ajudando o investidor a tomar essa decisão.

Mas quais as ações são consenso entre os investidores? Quais são as prediletas do mercado, recebendo a maior quantidade de recomendações? Vale (VALE5), Petrobras (PETR4) e Itaú Unibanco (ITUB4) entraram no pódio. Outras ações também foram bastante lembradas pelas corretoras, como PDG Realty (PDGR3), Banco do Brasil (BBAS3), Randon (RAPT4), Bradesco (BBDC4) e EzTec (EZTC3).

Já para as últimas duas colocações, oito empresas estiveram empatadas: AmBev (AMBV4), CCR (CCRO3), Cemig (CMIG4), AES Tietê (GETI4), Hypermarcas (HYPE3), Lojas Renner (LREN3), Localiza (RENT3) e Tractebel (TBLE3), com seis recomendações cada. A InfoMoney então buscou saber quais se encontram a mais tempo entre as mais recomendadas, como critério de desempate. Dessa forma, AmBev e Cemig, completam a lista, conforme compilação do maior portal financeiro do Brasil. Confira os principais drivers para cada das ações prediletas: 

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VALE5 – Vale
A mineradora liderou as recomendações para setembro, sendo citada em 16 portfólios diferentes. Suas perspectivas são positivas, uma vez que seu principal produto, o minério de ferro, deverá continuar a apresentar preços elevados. “Mesmo com a crise, a empresa tem encontrado margens positivas”, destaca Victor Penna, analista do BB Investimentos.

A qualidade de seu minério de ferro, o seu baixo endividamento, a sua forte liderança no setor e os resultados sólidos, também chamam a atenção quando se trata da companhia. “As ações da Vale devem constar em qualquer portfólio”, dispara Ivanor Torres, analista da Geral Investimentos.

Em relação à empresa, também vale lembrar que ela é, constantemente, a mais negociada na bolsa brasileira, garantindo forte liquidez aos papéis facilitando operações de curto prazo para se aproveitar de flutuações em seu preço. Porém, a empresa também é vista como uma boa opção de investimento focando o longo prazo.

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Contudo, nem tudo são flores para a mineradora brasileira, que depende excessivamente de um único mercado: a China. As fortes expectativas e os riscos de curto prazo na economia global também podem prejudicar o desempenho da maior mineradora nacional.

PETR4 – Petrobras
Logo atrás da mineradora, citada em treze portfólios esteve a petrolífera estatal brasileira: a Petrobras, constantemente a segunda ação mais negociada. A empresa tem perspectivas positivas para o futuro, como o início da operação do Pré-Sal.

Além disso, ela tem operado com múltiplos interessantes, inclusive abaixo do valor patrimonial da companhia, mostrando que as ações da empresa estão descontadas. A empresa também deverá se beneficiar do aquecimento da economia doméstica.

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Porém, sua condição de estatal garante uma enorme interferência política sobre seus atos, o que deverá gerar uma pressão de queda nas ações. A empresa também passa por um período sem catalisadores de curto prazo, e sua política de preços pode fazer com que ela se prejudique da alta de seu principal produto, o petróleo.

ITUB4 – Itaú Unibanco
As quedas das ações no ano, de 25,08% até o fechamento de terça-feira (20), são excessivas na visão da Ativa Corretora, que conjuntamente com outras 11 corretoras e bancos, recomendaram o papel para o mês de setembro. A empresa, porém, já mostrou sinais de sua intenção em melhorar seus ativos, fato que deve colaborar para futuras altas dessa empresa.

Porém, segue uma tendência de desvalorização no curto prazo, repercutindo o aumento da inadimplência em sua carteira de crédito atual, assim como em todos os bancos. 

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PDGR3 – PDG Realty
A companhia continua apresentando rentabilidade crescente, tendo em vista a melhora operacional de suas empresas controladas. Isso colaborou para que a empresa recebesse 11 recomendações, tendo em vista também a queda da taxa Selic, que beneficia o setor.

Conta pontos em favor da PDG o fato de que ela é a maior incorporadora listada em bolsa, projetando lançamentos na ordem de R$ 9 bilhões em 2011. Sua diversidade regional e exposição à classe média e alta também colabora para que a empresa seja vista como um investimento mais seguro em épocas de crise.

BBAS3 – Banco do Brasil
A segunda estatal a estar entre as mais recomendadas é justamente a mais antiga: o Banco do Brasil, que recebeu nove recomendações. Entre elas, a Planner, que afirma acreditar em “um momento positivo para investimentos em bancos, já que não acreditamos que o aumento dos juros e as medidas macroprudenciais afetem os seus resultados da maneira como o mercado os precificou”. 

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A empresa também deverá ter um crescimento “robusto” da carteira de empréstimo de 16% para pessoas físicas e pessoas jurídicas nesse ano, lembra a equipe da Socopa. Outro fator que deverá beneficiar a performance do banco estatal é a aquisição do Banco Postal, atraindo clientes do antigo operador da bolsa.  

RAPT4 – Randon
O setor de automóveis deverá se beneficiar do corte do IPI (Imposto sobre Produção Industrial), beneficiando a Randon, que recebeu oito recomendações para setembro, transformando-se na empresa small cap mais recomendada para o mês. O forte desempenho da companhia durante ao ano também elevou o sentimento de confiança na performance da companhia. 

“Nossas projeções [acima do guidance] neste momento começam a se mostrar conservadoras”, afirma a equipe da Ativa, uma daquelas que recomendou a ação. O início do programa Euro V, que tornará os motores mais caros, também deverá fazer com que haja uma antecipação da demanda, aumentando ainda mais as receitas da Randon para esse ano. 

BBDC4 – Bradesco
O terceiro banco, setor favorito do mercado, a ser recomendado é o Bradesco, que recebeu sete recomendações. O mercado tem perspectivas positivas para a companhia, mas a elevada aversão ao risco tem minado o desempenho da ação. Contudo, sua forte operação com seguros também permite que a empresa seja vista como mais defensiva que seus pares, fazendo com que se beneficie nesses momentos.

“Em virtude do cenário de crescimento econômico do País, esperamos que as instituições financeiras tenham grande demanda para crédito. Além disso, Bradesco é bem visto pois, surfa nesta onda de crescimento e paga dividendos mensal aos seus acionistas ”, afirma a equipe da SLW, que recomendou a empresa em sua carteira dinâmica.

EZTC3 – EzTec
Também com sete recomendações esteve a imobiliária EzTec. “A expectativa é que a Eztec apresente números ainda mais fortes no 3T11 por conta dos lançamentos realizados no final do segundo trimestre e que terão impacto no terceiro trimestre”, afirma a equipe da Planner.

A corretora inclusive aumentou a exposição recomenda as ações da incorporadora, em vista das suas perspectivas positivas. A equipe também afirma que a desvalorização da ação acumulada no ano, de 2,11%, garante que ela estejam subprecificadas em relação ao potencial de lucro da companhia. 

AMBV4 – AmBev
Seis recomendações e presença entre as dez mais recomendadas desde junho garantem que a AmBev tenha presença entre as prediletas. A produtora de bebidas possui excelente gestão, o que tem colaborado para bons resultados e performance durante os últimos anos. 

A ação também passa por uma pressão altista, garantindo performance positiva durante o ano. “A empresa é favorecida pelo aumento de consumo e grande presença em seu setor”, lembra a equipe da Walpires, que recomendou o papel.

CMIG4- Cemig
As ações da estatal mineira de energia elétrica também receberam seis recomendações. A empresa é beneficiada pela sua presença em um setor de características mais seguras, tendo em vista a sua previsibilidade de receitas, garantindo menor volatilidade aos papéis – fator apreciado em um momento de instabilidade no mercado. 

Além disso, a sua habilidade de acompanhar o crescimento de mercado, já que isso gera aumento de demanda por energia. “Na próxima década precisaremos de grandes projetos, como para as Olimpíadas e para a Copa do Mundo, com uma população querendo consumir, o que vai gerar crescimento e maior demanda por energia”, lembra Gregório Matias, da PAX Corretora, que recomendou a empresa para o mês.

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