Embraer (EMBR3) confirma pedido para 15 aeronaves a US$ 1,17 bi; analistas veem início de ano forte e ação sobe 4%

Em dezembro do ano passado, a Embraer havia informado que a carteira de pedidos do quarto trimestre de 2022 estava avaliada em cerca de US$ 18,2 bi

Felipe Moreira

Fila para adquirir aviões Phenom 300E da Embraer passa de dois anos. Foto: Divulgação/Embraer
Fila para adquirir aviões Phenom 300E da Embraer passa de dois anos. Foto: Divulgação/Embraer

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A fabricantes de jatos Embraer (EMBR3) confirmou nesta segunda-feira (16) um pedido firme para fornecer 15 novas aeronaves E195-E2, a um cliente não revelado.

O pedido está avaliado em US$ 1,17 bilhão a preço de lista e será adicionado à carteira do quarto trimestre de 2022.

Com isso, as ações EMBR3 subiram 3,94%, a R$ 16,37, em um dia também de alta para o dólar (com avanço de 0,83% da divisa comercial, a R$ 5,148 na compra e R$ 5,149 na venda), o que impulsiona os ativos uma vez que a companhia é exportadora.

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Em dezembro do ano passado, a Embraer havia informado que a carteira de pedidos do quarto trimestre de 2022 (4T22) estava avaliada em cerca de US$ 18,2 bilhões, o nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2018 (1T18).

Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em breve nota, o Bradesco BBI destacou que a Embraer já começou o ano com força, destacando que esse pedido firme de 15 aeronaves representa 21% da previsão do banco de 70 pedidos firmes para este ano.

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A recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts, na prática, as ações negociadas na Bolsa de Nova York) ERJ da companhia é de US$ 22, um potencial de valorização de 78% em relação ao fechamento de sexta-feira.

O Itaú BBA destaca também a notícia como positiva. “Este pedido deve levar a um bom aumento na carteira de pedidos do 4T22. Isso se somaria ao pedido de US$ 389 milhões da Binter anunciado em 30 de novembro. Em uma nota mais cautelosa, a Embraer e seus pares têm se orientado para os desafios em 2023 causados por problemas na cadeia de suprimentos devido a: i) falta de componentes vindos da China por causa de sua política de Covid zero; ii) falta de matérias-primas; e iii) aumento dos custos de energia e mão de obra”, avalia.

O BBA também tem recomendação outperform (desempenho acima da média de mercado) para os ativos, com preço-alvo de US$ 21 para o papel ERJ, ou um upside de 70% em relação ao fechamento de sexta.

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Cabe destacar que, na última semana, analistas do UBS BB iniciaram a cobertura de Embraer com recomendação de “compra” e preço-alvo de US$ 14 para os ADRs, de acordo com relatório a clientes, citando boom da aviação executiva e preço atrativo do papel.

No caso da aviação executiva, eles acreditam que a empresa pode se beneficiar de um ‘ciclo de reciclagem’, acrescentando que o setor está com o estoque em uma mínima de pelo menos 17 anos (base histórica do UBS BB) e uma frota envelhecida. A equipe do banco liderada por Alberto Valerio também vê potencial de valorização de longo prazo na Eve, empresa de aeronaves elétricas controlada pela Embraer, conforme o relatório com data de domingo.

(com Reuters)